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Mensagem por Anderson de Carvalho Sex 28 Jun 2013, 5:48 pm

CONTINUAÇÃO

AS PALAVRAS E ATITUDES DE SHA’UL (Paulo)

Sobre as palavras de Sha'ul, aprendemos que o termo "obras da lei", no hebraico "Ma'assei Ha Torá" se refere a prática rabínica de transformar um costume/hábito de grandes rabinos em mandamentos.
Ou seja, "obras da lei" seria a crença de que podemos ser justificados imitando os hábitos/costumes de pessoas "santas".
Enfim, esta interpretação do cristianismo não é bíblica.
O termo aparece frequentemente no Talmud, porém alguns cristãos alegavam que, como o Talmud é posterior, não havia comprovação de que na época de Yeshua o termo "obras da lei" já fosse um termo conhecido em Israel, e referido a atos rabínicos para a justificação por obras.
Vamos analisar alguns textos que eles utilizam, mas antes, apresentamos estes descritos no livro de Atos:
“Tendo nós chegado a Yerushalayim, os irmãos nos receberam com alegria.
No dia seguinte, Sha’ul foi conosco encontrar-se com Yaa’kov, e todos os presbíteros se reuniram.
E, tendo-os saudado, contou minuciosamente o que D’us fizera entre os gentios por seu ministério.
Ouvindo-o, deram eles glória a D’us e lhe disseram: Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre os judeus que creram, e todos são zelosos da Torah;”
(Atos 21:17-20).
Bem, aqui nós vemos que a Torah ainda estava em vigor muito depois da morte e Ressurreição do Messias. Continuando em Atos:
“...e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moshe (Moisés), dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar segundo os costumes da lei.
Que se há de fazer, pois? Certamente saberão da tua chegada.
Faze, portanto, o que te vamos dizer: estão entre nós quatro homens que, voluntariamente, aceitaram voto; toma-os, purifica-te com eles e faze a despesa necessária para que raspem a cabeça; e saberão todos que não é verdade o que se diz a teu respeito; e que, pelo contrário, andas também, tu mesmo, guardando a Torah.”
(Atos 21:21-24);

“Mas confesso-te que, conforme aquele Caminho, a que chamam seita, assim sirvo ao D’us de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei e nos Profetas.” (Atos 24:14);
“Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.” (Atos 25:.

Vemos que Sha’ul estava sendo acusado injustamente por algo que ele não fazia e que os anômicos hoje insistem em dizer o contrário: que ele era contra a Torah.
Este simples relato histórico de Atos nos revela que Sha’ul, além de guardar a Torah como um bom judeu messiânico, jamais ensinou contra ela.
Vamos ver os textos usados pelos anômicos:
Romanos 10:4: “Porque o fim da lei é o Messias, para justiça de todo aquele que crê.”
No original grego, a palavra “fim” é “telos”, que significa “objetivo, alvo, propósito, finalidade”.
A mesma palavra é usada na Epístola de Kefa: 1ª Kefa (Pedro) 1:9: “...obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.”
Se usarmos o mesmo termo que os anômicos usam que seria “término”, então o término da nossa Fé é a salvação da nossa alma, isto é, a Fé acaba quando alguém é salvo!
O término da Fé não é a salvação, mas a FINALIDADE dela é a salvação, pois pela Graça somos salvos, mediante a Fé. A finalidade da Torah é o Messias, ela aponta para Ele, que é o alvo, o objetivo, o propósito dela.
Sha’ul afirmou em Romanos 3:31: “...anulamos, pois, a Torah pela Fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a Torah.”
Ora, se ele estabelece a Torah, por que logo depois ele diz que ela terminou com o Messias? Isto tem lógica?
Só na mente dos anômicos...

Romanos 3:20: “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela Torah vem o conhecimento do pecado.”
Aqui está a confusão teológica dos anômicos: eles confundem a Torah com as “obras da lei”, isto é, com a guarda legalista dos Mandamentos da Torah.
Este legalismo sempre foi combatido por Yeshua (o “fermento” dos fariseus), e continuou com Sha’ul em suas epístolas.

As “obras da lei” eram:
1- Preocupação com a pureza cerimonial do Templo;
2- Restrições a gentios e contatos com os mesmos;
3- Preocupação com a impureza causada por animais, principalmente em Yerushalayim;
4- Restrição de acesso a enfermos e deficientes;
5- Completo evitar dos casamentos entre sacerdotes e outras israelitas.

Vemos que:
• Nenhum dos preceitos acima é bíblico;
• Nenhum desses preceitos é igual a obedecer a Lei do Eterno;
• São distorções do propósito das Escrituras.
Yeshua declarou em Mattityahu 5:20 : “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos Céus.”
Também em 6:1: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.”
E em 23:23: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”
Foram palavras direcionadas a um grupo de religiosos judeus e por qual causa?
O rabino Sha’ul escreveu em Gálatas 2:16: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Yeshua HaMashiach, temos também crido em Yeshua HaMashiach, para sermos justificados pela fé do Mashiach e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.”
A “justiça dos escribas e fariseus” estava firmada não na Fé, mas nas “obras da lei”, isto é, eles acreditavam na justificação pelas “obras da lei”.
Mas Ya’akov (Tiago) escreveu: “Porventura Avraham (Abraão), o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Yitz’chak (Isaque)? Bem vê que a Fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada, e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Avraham em D’us, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de D’us. Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela Fé.
E de igual modo Rachav (Raabe), a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho?
Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a Fé sem obras é morta.” (Ya’akov 2:21-26).
E também Sha’ul em Romanos 2:13: “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de D’us, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.”

E por que aquele que quisesse se justificar pelas “obras da lei” estava “debaixo de maldição”? (Gálatas 3:10).
Ninguém pode se justificar diante de D’us pelas “obras da Lei” ou pela própria Lei do Eterno, a Torah. E aquele que queria se justificar pelas “obras da lei” ou pela própria Torah, nunca conseguiria cumprir a Lei do Eterno (OBEDIÊNCIA A D’US) por meio da Fé, na dependência de Sua Graça, para alcançar a justificação, e então estaria “debaixo de maldição” isto é, na DESOBEDIÊNCIA.
E esta OBEDIÊNCIA à Lei do Eterno não poderia ser com a finalidade de se justificar, mas sendo uma manifestação da Fé que justifica o homem diante de D’us e também do amor ao Eterno e ao próximo.

Romanos 6:14: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da Lei, e sim da Graça.”
"Estar debaixo da lei" não significa, em hipótese alguma, obedecer a Torah.
Esta "lei" a qual o rabino Sha'ul se refere é a "lei judaica" = um conjunto de regras, conhecido como "fermento" dos fariseus.
"Estar debaixo" significa no contexto original:
Sobrecarregado com peso;
Apertado, comprimido;
Afligido;
Tiranizado, humilhado: = "Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como arameus, todos estão debaixo do pecado;" (Romanos 3:9);
"E o D’us de paz em breve esmagará a hasatan debaixo dos seus pés. A graça de nosso Senhor Yeshua HaMashiach seja convosco." (Romanos 16:20).
Mas, e quando este termo "estar debaixo" se refere à Graça de D’us?
Por acaso a Graça pode "oprimir" alguém?
Para que o contexto do termo "estar debaixo" possa significar "estar oprimido", irá depender do qual o termo se refere.
Quando ele se refere á "lei", pelo contexto sabemos que não é a Lei de D’us (Torah, Lei de Moshe).
Qual seria o contexto?
Devarim 30:11: "Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti.";
Todo o capítulo 119 do livro dos Salmos;
Salmo 1:2: "Antes, tem o seu prazer na Lei de ADONAI, e na sua Lei medita de dia e de noite."
Entendemos pelas Escrituras que a Lei do Eterno jamais oprime alguém.
Como alguém que tem a Lei de D’us no seu interior e escrita em seu coração pela Nova Aliança no Sangue do Messias, através do Ruach HaKodesh (Espírito Santo), pode estar "oprimido" por ela? (Yirmeyahu 31:33; Hebreus 8:10).
Seria uma incoerência sem fim.
De onde veio o termo "debaixo da lei" (oprimido pela lei)?
A "lei" que oprimia na época de Yeshua e do rabino Sha'ul era o sistema legal judaico, o legalismo farisaico, traduzido pela sua hipocrisia, chamado por Yeshua de "fardos pesados" (Mattityahu 23:4), e "fermento" (Mattityahu 16:6,11,12; Marcos 8:15; Lucas 12:1).
Quando o termo "estar debaixo" se refere à Graça, o seu contexto significativo seria "estar guardado, protegido, revestido".Romanos 5:18: "Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a Graça sobre todos os homens para justificação e vida.";
2ª Coríntios 12:9: "e Ele me disse: A minha Graça te basta, porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder do Mashiach."
A Graça não é apenas o favor imerecido de D’us, ela é um revestimento para aquele que é fiel.
Quando Yeshua afirmou que o Seu fardo é leve e Seu jugo é suave, antes o que Ele disse? "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei."
O que oprimia o povo naquela época?
O pecado, que é a transgressão da Torah (1ª Yochanan 3:4), e a "lei" farisaica.
Yeshua estava oferecendo uma nova opção para os judeus, para que eles saíssem dessa opressão e aprendessem Dele.
Aprendessem o que? A obedecerem a D’us da forma correta, crendo Nele como o Messias de Israel.
O rabino Sha'ul declara em Romanos 7:14: "Porque bem sabemos que a Torah é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado."
Se a Torah é espiritual, ela é a favor do Fruto do Ruach descrito em Gálatas 5:22, não precisamos que exista um versículo específico para entendermos isso.
A maioria infelizmente aprendeu equivocadamente sobre a Torah, e insiste em seguir o que Roma estabeleceu.

Um termo semelhante usado pelo Rabino Sha’ul em relação à lei está em Gálatas 2:19:“Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para D’us.”
O que Sha'ul quis dizer com "estar morto para a lei", significa "estar livre do poder do pecado", ou "livre da lei do pecado".
Se alguém ainda permanece debaixo da lei do pecado, isto é, seguindo a transgressão da Torah , este ainda está ligado à Lei por causa das transgressões que ela nos revela, é como se alguém sempre dirigisse um automóvel, com níveis de álcool no sangue acima do permitido por lei, ou seja, esta pessoa está "debaixo desta lei de trânsito", ela é um "peso" em sua vida, pode lhe causar danos irreparáveis, sem contar com as punições previstas.
Se a pessoa sempre dirige, sem bebida alcoólica ou com níveis abaixo do permitido, ela não está sujeita à esta lei de trânsito.
Em obediência a esta lei, a pessoa está morta para ela, isto é, ela não pode lhe imputar a culpa descrita nela por causa da transgressão, ela não faz mal algum.
A Torah diz: "não furtarás", se a pessoa não furta, o pecado deste Mandamento que é "furtar", não está sobre ela, não a oprime, não acondena, isto é estar morto = inerte, para o pecado deste Mandamento.
Este é o verdadeiro sentido das palavras de Sha'ul.

Romanos 7:6: “Mas, agora, estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.”
Outro texto muito mal interpretado pelo cristianismo.
Para entendermos estas palavras de Sha’ul, antes precisamos entender o exemplo que ele mencionou antes.
Sha’ul cita a Torah no que diz respeito ao casamento (v.2), afirmando que pela Lei a esposa está ligada ao marido enquanto ele estiver vivo, e se ela viver com outro homem neste contexto, ela será considerada uma adúltera, porque ainda vive o marido.
Mas, se o marido morrer, ela não será considerada uma adúltera se vier a casar com outro homem, ela estará livre da Lei que a mantinha ligada ao marido.
O que Sha’ul quis dizer com “morremos para aquilo em que estávamos retidos”?
Notem que ele fala a respeito dos judeus, pois todas as vezes que usa termos relacionados ao pronome “nós”, ele trata dele e de seus irmãos compatriotas.
O que realmente mantinha retidos os judeus? Sha’ul responde no verso 5: “Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.”
No exemplo do casamento, quando o marido morre, a esposa também morre para a Lei que a mantinha retida, ela está livre desta Lei, podendo pertencer a outro homem.
Mas a Lei a mantinha retida em que, ou melhor, em quem? Em seu marido, ela estava ligada a ele pela Lei.
E a Lei mantinha os judeus retidos em que? Em suas paixões pecaminosas realçadas pela Torah, isto é, a Torah revela o pecado, e se eles permaneciam nestas paixões, permaneciam também mantidos em prisão pela Lei que os acusava.
Não era a Lei que os fazia pecar, ou que os mantinha no pecado, mas o pecado deles é que os fazia retidos em suas paixões pela Lei, assim como o marido vivo fazia a esposa retida a ele pela Lei.
Se um judeu, por seguir suas paixões pecaminosas, vivesse no adultério, ele estaria preso ao que a Lei diz sobre adultério;
Se um assassino em série permanece em seu pecado, ele estaria preso ao que a Lei diz sobre assassinato;
Se um ladrão permanece roubando, ele estaria preso ao que a Lei diz sobre roubo, e assim sucessivamente.
Mas quando o pecado perde o domínio sobre a pessoa, também ela morre para aquilo em que estava presa, isto é, para o que a Lei diz sobre o pecado em que ela esteve presa, sua paixão carnal, logo, está também morta para esta Lei.
E uma vez livre, Sha’ul conclui dizendo o seguinte no verso 4: “Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo do Messias, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para D’us.”
Ele usa o mesmo argumento sobre o casamento, ou seja, assim como a esposa está livre da Lei que a mantinha ligada ao marido que agora está morto, e podendo pertencer a outro, assim também a pessoa que está livre da Lei que a mantinha ligada ao domínio do pecado que agora está morto, podendo também pertencer a outro = Yeshua.
Para que alguém possa pertencer ao Messias, o domínio do pecado deve morrer, fazendo com que a pessoa também morra para a Lei que a acusava justamente do que ela estava presa pela Lei, tudo por causa da sua decisão em permanecer no pecado.
A pessoa se faz prisioneira da Lei ao decidir permanecer ligada às suas paixões.

Romanos 8:2: “Porque a lei do Ruach de vida, em Yeshua HaMashiach, me livrou da lei do pecado e da morte.”
Os anômicos gostam de usar este texto para afirmarem que a Lei aprisiona a pessoa no pecado e na morte. Como eles gostam da teologia do “isola textos”, não compreendem que Sha’ul não trata da Torah neste texto, mas de uma lei que ele mesmo define assim nos versos 20 e 21 do capítulo 7: “Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Acho, então, esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.”
E continua nos versos 22 e 23: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de D’us. Masvejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.”
E o que é a Lei do Ruach de vida? A qual Lei Sha’ul se refere ao dizer no verso 14: “Porque bem sabemos que a Lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.”?
A resposta está no verso 12: “Assim, a Lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.”
Será que esta é a mesma Lei mencionada no verso 2 do capítulo 8?
Claro que não!
Sha’ul diz que a Torah, a Lei do Espírito em Yeshua, a Lei espiritual na qual ele tinha prazer, esta Lei é que o livrou da lei do pecado e da morte, simples assim.

1ªCoríntios 15:56: “Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.”
É muito fácil para qualquer pessoa retirar textos das Escrituras e lançá-los para defenderem suas doutrinas, sem o seus devidos contextos:

"Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei." (ARC);
"O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei." (ARA).

Duas traduções dos originais:
"O ferrão da morte é o pecado, e a tortura do pecado é a Torah."
"O aguilhão da morte é o pecado: e o pecado deriva seu poder da Torah."

Agora, observemos o texto na tradução NTLH (Linguagem de Hoje):
"O que dá à morte o poder de ferir é o pecado, e o que dá ao pecado o poder de ferir é a lei."
Vamos para a interpretação do texto de Sha'ul, segundo o contexto correto:

Romanos 3:20: "Porquanto pelas obras da lei (legalismo) nenhum homem será justificado diante Dele; pois o que vem pela Torah é o pleno conhecimento do pecado."

Romanos 7:7: "Que diremos então? É a Torá pecado? De modo nenhum! Contudo, eu não conheci o pecado senão através da Torah; porque eu não conheceria a cobiça, se a Torah não dissesse: Não cobiçarás."

A "força" do pecado é a Torah porque ela mostra o que é realmente o pecado, sem cortes, sem disfarces, pois foi D’us quem estabeleceu a Torah e não o homem.
O pecado só tem força pelo conhecimento da Torah, pois na Bíblia, que é a Verdade de D’us, "pecado" é a transgressão da Torah (1ª Yochanan 3:4).

Romanos 14

Em nenhum lugar do capítulo 14 de Romanos, Sha’ul faz alguma menção de que estava se dirigindo ao “fortes na fé”, e muito menos nós vemos alguma coisa que relacione este com a liberdade no Messias.
E as dietas estabelecidas na Torah, assim como os dias das Celebrações jamais escravizaram alguém, pois o próprio Sha’ul recomenda a celebração delas. A liberdade no Messias não anulava a Torah, pois a própria Lei era a da liberdade.
No livro de Sh’mot (Êxodo) 32:16, a palavra usada como “gravada” ou “esculpida”, no original do hebraico, aparece a palavra “Charút”, com a mesma raiz de “Charút” = libertação, liberdade – e o apóstolo Ya’akov (Tiago) declara o seguinte:“Se uma pessoa, porém, olhar de perto na Torah perfeita, que concede a liberdade, e não se tornar um ouvinte que se esquece de tudo, mas alguém que pratica a obra que ela requer, então será muito abençoado em tudo o que fizer.” (Tiago 1:25).
“Continuem falando e agindo como pessoas que serão julgadas por uma Torah que concede liberdade, porque o juízo será sem misericórdia para quem não tiver demonstrado misericórdia; entretanto, a misericórdia triunfa sobre o juízo!” (Tiago 2:12,13).
Em Gálatas 5:13, Sha’ul diz: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade.”Será que esta “liberdade” significa “ser livre da Torah”? Se eles vivam assim, como obedeciam a D’us?
Como eram “enxertados na Oliveira - Israel”?
Como eram “aproximados da Comunidade de Israel”?
Como estavam sendo julgados por participarem das tradições bíblicas?
Como explicar Revelação12:17 e 14:12, que dizem: “O dragão irou-se contra a mulher e saiu para lutar contra o resto de seus filhos, aqueles que obedecem aos Mandamentos de D’us e dão testemunho de Yeshua.”?
“Nesse momento, é necessária a perseverança da parte do povo de D’us, dos que guardam Seus Mandamentos e são fiéis a Yeshua.”?
Os gentios deviam ser livres do legalismo judaico, que invalidava a Torah, e da escravidão do pecado.
E a Torah é um instrumento de D’us para que o homem seja verdadeiramente livre, pois não basta ser liberto pelo poder de D’us em Yeshua, é preciso permanecer nesta liberdade pela obediência à Torah = a Lei da liberdade = Salmos 119:45 diz: “E andarei em liberdade, pois busquei os teus preceitos.”

Os chamados “débeis na Fé”, aos quais Sha’ul se referiu, jamais eram os que se sentiam constrangidos em obedecer a Torah (o escritor chama de “legalismo).
Antes, devemos saber o que realmente eram estes “débeis na Fé”, no contexto correto, sem a influência do cristianismo.
Sha’ul fala sobre “recepção” – logo, a sua preocupação era com a forma com que estes irmãos eram recebidos nas comunidades. Por isso, ele usa o termo “débeis na Fé”, que no original eram os “fracos na confiança”, aqueles que iniciavam suas vidas para D’us, os neófitos – novos convertidos.
E Sha’ul, no início do capítulo 15 de Romanos, afirma que “nós (judeus) que somos fortes, temos o dever de suportar as fraquezas de quem não é forte, em lugar de agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao próximo e agir para o bem dele, edificando-o. Pois mesmo o Messias não agradou a si mesmo; ao contrário, o Tanakh diz: “Os insultos de quem te insultava recaíram sobre mim”.
Porque todas as coisas escritas no passado tinham o propósito de ensinar-nos, para que por meio do encorajamento do Tanakh pudéssemos nos agarrar pacientemente à nossa esperança.”(Rm. 15:1-4).
Estes neófitos tinham fraquezas (debilidades) que deveriam ser suportadas pelos “fortes” – os que já são experimentados na Fé, os judeus crentes.
Se existiam debilidades, com certeza eram elas que os fazia “débeis na Fé”, não se tratava de uma “falta de liberdade em HaMashiach”, ou submissão ao “legalismo”, mas de tudo o que eles ainda não compreendiam sobre as Escrituras, e Sha’ul adverte sobre a forma de acolhê-los e tratá-los, para que sejam ensinados e edificados, citando as Escrituras do Tanakh – A Torah e os Profetas – que tiveram o propósito de ensinar aos judeus, se utilizando da paciência e da coragem oferecidas por elas, a fim que se firmassem na esperança dada a eles.
E esta esperança citada aqui por Sha’ul é a respeito do judeu se unir ao gentio, ambos servindo a D’us, pois Ele acolhe a todos.
Estes gentios vieram de uma sociedade extremamente politeísta e filosófica, e para muitos deles, passaram a crer em apenas mais um YHWH entre tantos que existiam.
Não seria da “noite para o dia” que eles entenderiam sobre a Verdade do D’us Único, o D’us de Israel, que contraria as religiões e filosofias daquela época, e o modo pelo qual os seguidores do Messias deveriam acolher e ensinar estes irmãos seria fundamental no início da nova Fé deles.
Sha’ul declarou: “Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio.
Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio.”(1ª Coríntios 11:18,19).


O contexto da teologia cristã infelizmente quando fala da Torah, costuma compreendê-la como “legalismo”, e isto sempre foi e sempre será um erro grotesco do cristianismo.
Em Atos 15, no Concílio de Jerusalém, os Apóstolos quando trataram da questão dos gentios na comunidade, eles não consideraram a Torah como “legalismo”, ou mudaram algo a respeito das coisas relacionadas a Israel e ao povo judeu (como o cristianismo fez), mas concordaram em como lidar com a aproximação dos gentios que se convertiam a D’us.

E são muitos erros teológicos acerca de Yeshua, como por exemplo, afirmar que Ele:
Não frequentava a Sinagoga, e nem aprendeu nada lá antes do início de Seu Ministério;
não guardava o Shabat;
fundou uma religião chamada “cristianismo”;
trouxe “novos mandamentos”;
tomou o Reino de D’us das mãos dos judeus e entregou para os gentios = a Igreja;
aboliu a Torah ao morrer no madeiro;
vai levar a Igreja para viver com Ele no Céu;
inaugurou o “tempo da Graça”, em substituição ao “tempo da Lei”;
disse que é o diabo quem vem somente para “matar, roubar e destruir”, etc.


A Restauração veio também para mostrar estes e muitos outros erros do cristianismo que prejudicaram a Igreja em sua trajetória durante estes dois milênios.

Vamos agora tratar da Epístola de Sha’ul aos Gálatas. Em primeiro lugar, temos que ter em mente queSha’ul nunca foi contra a Torah, nem contra as boas tradições: “De fato, eu vos louvo porque, em tudo, vos lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei.”(1ª Coríntios 11:2);
“Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.”(2ª Tessalonicenses 2:15).

O rabino Sha’ul escreve para os habitantes - os gálatas - eram celtas ou gauleses e tinham já habitado na Gália. Os gálatas mantiveram a sua língua e costumes, assim como os seus ritos religiosos, mas acrescentaram-lhes elementos dos cultos frígios.

Gálatas 2:21: “Não aniquilo a graça de D’us; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que o Messias morreu em vão.”

Que tipo de justiça é essa que provinha da lei?
O que provinha da lei que era reputado como justiça diante do sistema religioso judaico?
As chamadas “obras da lei” é que se baseavam na Torah, mas elas não são a Torah devidamente ensinada e interpretada, isso ele diz no verso 16.
Neste mesmo capítulo 2 de Gálatas, Sha’ul faz uma narrativa sobre o que houve em sua chegada a Yerushalayim.
Ele presenciou um ato dissimulado de Kefa, por causa de alguns da comunidade liderada por Ya’akov, que ainda favorecia a circuncisão dos gentios, para que estes vivam como vivem os judeus – legalismo.
O que seria este “legalismo”? Qualquer tipo de imposição baseada na Torah para que alguém fosse declarado justo e aceito diante de D’us.
E é justamente contra este tipo de doutrina que Sha’ul sempre se posicionou, porque isto era prejudicial à Verdade das Boas Novas.

Gálatas 3:10: “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.”

Por que os que são "das obras da lei" estariam, segundo o rabino Sha'ul, debaixo de maldição?
Todos os que criam ser justificados pelas "obras da lei”, não conseguiam obedecer a Torah pela Fé. Sendo assim, estes acabavam invalidando a Torah e permanecendo "debaixo de maldição".
No original, os versos 11 e 12 dizem assim: “É evidente que ninguém será declarado justo por D’us mediante o legalismo, porque a pessoa obterá a vida mediante a confiança e fidelidade. Além do mais, o legalismo não se baseia na confiança e na fidelidade, mas no uso equivocado do texto que diz: “Quem realizar estas coisas obterá vida por meio delas.”

Gálatas 3:13: "O Messias nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;"

Ao homem que estiver no Messias, jamais lhe será imputada qualquer maldição prescrita na Lei de D’us para os desobedientes.
Fomos revestidos pela Graça quando nascemos de novo, isto é, quando fomos transformados pelo Ruach HaKodesh.
Para quê? Apenas para não sermos amaldiçoados por causa da desobediência?
Verso 14: “Yeshua, o Messias, fez isto para que, em união com Ele, os gentios pudessem receber a bênção anunciada a Avraham, a fim de que, mediante a confiança e a fidelidade, recebêssemos o que fora prometido, isto é: o Espírito.”
E estes que insistiam em permanecer nas “obras da lei” não poderiam ser resgatados pela Obra Redentora do Messias, pois não buscavam refúgio na Graça de D’us para alcançarem a justificação tendo Fé Nele, mas em suas próprias práticas religiosas.

Gálatas 3:19: “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.”

Sha’ul afirmou em Romanos 3:20: “Porque ninguém à sua vista nenhuma pessoa viva será considerada justa com base na guarda legalista dos Mandamentos da Torah, pois o verdadeiro trabalho da Torah é mostrar às pessoas quão pecadoras elas são.”
Depois em 7:7: “Portanto, que devemos dizer? Que a Torah é pecaminosa? D’us não permita! Ao contrário, a função da Torah era que, sem ela, eu não soubesse o que é pecado. Por exemplo, eu nunca teria consciência do que a cobiça é, se a Torah não tivesse dito: “Não cobice”.
Na época que a Torah foi outorgada aos filhos de Israel, havia muitas transgressões, muito pecado, e é justamente por causa destas coisas é que a Torah foi ordenada, para que o povo tivesse pleno conhecimento do que é pecado diante de D’us e do próximo, para que Israelpudesse ser separado dos demais povos, uma nação consagrada a D’us.

Gálatas 3:24: “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir ao Messias, para que, pela Fé, fôssemos justificados.”

Sha’ul não diz que a Lei era "aio" (tutor), mas que ela “serviu de aio”, isto é, ela conduziu as pessoas até a vinda do Messias, e depois de estar Nele, pela Fé, a Lei já não serve mais de "aio", mas como indicador no Caminho, ela nos ensina como devemos andar.
O fato da Lei ter sido um "aio" não a anula, nem a faz deixar de vigorar, nem a desvaloriza.
A partir do Sinai, a Lei, servindo de "aio", conduziu muitos a viverem pela Fé, em obediência a esta Lei, este sempre foi o grande objetivo dela.
Fé em quem? Em D’us, o Eterno de Israel.
A Torah está ligada a todo ser humano = para a obediência ou desobediência, para a fidelidade ou rebeldia.
Tanto na obediência, quanto na desobediência, a Torah conduziu muitos até a vinda do Messias = pela Fé em Seu testemunho.
E quando Sha'ul diz "...para que, pela Fé, fôssemos justificados.", esta justificação teria que se evidenciar pelas obras, conforme diz Ya’akov 2:24: "Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela Fé." = NOVO NASCIMENTO, NOVA VIDA.
Que obras seriam estas?
As obras da Fé = FIDELIDADE, e como podemos ser fiéis a D’us?
Por meio da OBEDIÊNCIA, e como podemos obedecer a D’us?
PELOS MANDAMENTOS DA TORAH.

Gálatas 4:4,5: “...mas, vindo a plenitude dos tempos, D’us enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”
TEXTO NO CONTEXTO ORIGINAL: “...mas, quando o tempo determinado chegou, D’us enviou Seu Filho. Ele nasceu de uma mulher, em uma cultura dominada pela perversão legalista da Torah, para que pudesse redimir os que estavam sujeitos ao legalismo e, dessa forma, capacitar-nos para sermos feitos filhos de D’us.”
Esta é uma das missões de Yeshua: resgatar aqueles que estavam sendo oprimidos e sobrecarregados pelo legalismo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de mim, porque Sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve.”(Mattityahu 11:28-30).

Gálatas 4:10,11: “Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.Receio de vós que haja eu trabalhado em vão para convosco.”
Para entendermos esta passagem DA MANEIRA CORRETA, devemos ler com atenção os versos anteriores:
Verso 8: “Mas, quando não conhecíeis a D’us, servíeis aos que por natureza não são deuses.”
Verso 9: “Mas agora, conhecendo a D’us ou, antes, sendo conhecidos de D’us, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?”
Sha’ul adverte aos gálatas, dizendo que antes de conhecerem ao D’us de Israel, eles serviam aos deuses do paganismo, mas agora depois de conhecê-Lo, por que ainda continuavam a praticar os ‘rudimentos fracos e pobres’ de quando ainda eram servos dos deuses – espíritos elementares?
O texto não fala das coisas que o Eterno estabeleceu, mas das práticas pagãs que os gálatas serviam antes de conhecê-Lo.
Podemos que o problema na Igreja da Galácia não era só em relação ao legalismo, mas da influência pagã, que atuava também no judaísmo e estava perturbando a comunidade.

Vamos tentar entender o que Sha’ul quis nos ensinar em Gálatas 4:22-31:

- Hagar (fugitiva) - Escrava egípcia de Sarah;
- Yishma’el (Ismael - ADONAI ouve);
- Sarah (princesa);
- Yitz’chak (riso).

Yishma’el nasceu segundo a carne, mas Yitz’chak segundo a Promessa.
Yishma’el é fruto da própria força, e Yitz’chak é fruto da Fé.

Hagar - Monte Sinai - gera filhos para a escravidão.

Sinai - Monte Árabe, simboliza a escravidão, e Sha'ul diz que Yerushalayim estava sendo escrava, não só territorialmente ou politicamente, mas também espiritualmente.
Foi no Monte Sinai que Mosheh recebeu os Mandamentos, e os judeus estavam presos ao Sinai por causa dos Mandamentos, pois eles se preocupavam mais em obedecer aos Mandamentos de D’us do que ao D’us dos Mandamentos = por meio da Fé, daí surgiu o legalismo, o sistema religioso de Israel.
A preocupação deles era a de não pecar, ao invés de se santificarem e agradarem a D’us, por meio da Fé em obediência aos Mandamentos.
Por isso, Yerushalayim ainda estava no Sinai, pelos Mandamentos, sem a Fé, eles estavam presos ao pecado e ao legalismo = sem Fé, é impossível agradar a D’us.

Yerushalayim Celestial - Simbolizada por Sarah, pois é livre, significando Liberdade.

Hagar simboliza a escravidão do pecado e do legalismo, e Sarah era a senhora de Hagar.
Nós devemos ter domínio sobre o pecado, e não sermos escravos dele, nem sermos dominados pelo legalismo.
A Yerushalayim Celestial é representada também pelo Monte Tziyon (Sião), o Monte da presença de D’us.

Filhos do Sinai (Hagar) = São os filhos da escravidão, do pecado e da carne.
Filhos de Tziyon (Sarah) = São os filhos da liberdade, do Ruach HaKodesh, da Fé e da Promessa.

É necessário nascer em Tziyon.
Tziyon é liberdade, é a Promessa do Altíssimo, mas como podemos chegar em Tziyon?
Yeshua é o Caminho, a Rocha que está alicerçada em Tziyon.

Esta Rocha, que é o Mashiach, é o Alicerce da Kahal (Igreja), e também do Templo de ADONAI, que foi edificado em Tziyon.
Hoje, nós somos o Templo de ADONAI, e também a Kahal, pois a Igreja não é um prédio, mas somos nós!

A Liberdade, a Fé, a Unção, o Ruach HaKodesh, a Provisão, Prosperidade, tudo isso é simbolizado pelo Monte Sião.
O conceito bíblico de "Fé" em relação ao Eterno é Fidelidade.
A Fé = Fidelidade = é demonstrada para D’us através da obediência.
Mas, esta obediência deve ser movida em crer, acreditar.
Primeiramente cremos, depois passamos a obedecer porque continuamos a crer, e obedecendo, demonstramos a Fé = Fidelidade, meio pelo qual podemos ser justificados = "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Revelação 2:10b).
Avraham ouviu, creu e obedeceu = foi fiel a D’us = Fidelidade.
Se Avraham cresse e não obedecesse, ele não teria sido fiel = não teria Fé para ser justificado.
Se Avraham obedecesse e não cresse, também ele não teria sido fiel = não teria Fé para ser justificado.
Como assim "crer"???
Crer de que D’us é Um, crer em Sua Palavra, em Suas Promessas, em Suas Alianças, em Seus Atributos, em Seus Feitos, em Seu Poder, em Sua Fidelidade, etc.
Do mesmo modo, Rachav ouviu, creu e obedeceu = foi fiel ao que ela ouviu sobre o D’us de Israel (Y’hoshua {Josué} 2:9-13), e depois habitou no meio de Israel = Fidelidade.

Muitos obedecem sem a Fé = querem ser justificados por suas obras.
Muitos tem a Fé e não obedecem = pensam que "acreditar" já é o suficiente.
Na B’rit Hadashah, devemos crer em quem?
Crer no Mashiach de Israel,e através Dele, também cremos em D’us.
Depois de crermos, a quem devemos obedecer?
Devemos obedecer a D’us através do Mashiach, isto é, Ele é o nosso Mestre e nosso Maior exemplo, e quem obedece ao ensino do Mashiach está obedecendo a D’us. = FIDELIDADE = FÉ.
Como podemos obedecer a d’US através do Mashiach?
Pelo Ruach HaKodesh, que habita em nós, enviado pelo Mashiach.
Como obedecemos a D’us?
Obedecendo aos Seus Mandamentos = Torah.
As obras das quais Ya'akov se referiu são as obras da obediência, em misericórdia, em justiça, em amor, obras que aperfeiçoam nossa Fé = Fidelidade = "Vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada,..." (Ya’akov 2:22).
E a Torah, tanto por Moshe e muito mais pelo Mashiach, nos mostra como devemos obedecer, sermos misericordiosos, justos e caridosos, através da ação do Ruach HaKodesh em nós, da maneira que realmente agrada a D’us.

1ª Timóteo 1:5-11: “Ora, o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
Do que desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas, querendo ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.
Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente, sabendo isto: que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas,para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina, conforme as Boas Novas da glória do D’us bem-aventurado, que me foi confiado.”

Outro texto muito mal interpretado pelos anômicos.
O termo “fim” usado na tradução é o mesmo “telos” do grego, que significa “objetivo, alvo, propósito, finalidade”.
Aqui, Sha’ul não fala da Torah, mas da ordenança que ele está dando a Timóteo, uma admoestação, e qual seria esta?
Versos 3 e 4, no contexto original: “Quando eu partia para a Macedônia, aconselhei-o a permanecer em Éfeso para ordenar a certas pessoas que ensinavam uma doutrina diferente que deixassem de fazê-lo. Impeça-as de continuar dando atenção a mitos e genealogias intermináveis; isso conduz a especulações em vez de se realizar a obra de D’us, que requer confiança.”
E nos versos 6 e 7, ele diz: “Alguns, desviando-se do alvo, perderam-se em discussões infrutíferas. Eles desejam ser mestres da Torah, mas não entendem as próprias palavras nem as questões sobre as quais se pronunciam de maneira tão enfática.”
Por isso, Sha’ul afirma que a Torah não tem como propósito a pessoa que é justa, isto é, quem já está guardando-a, pois para o justo a Torah já alcançou o seu objetivo. Mas, ela só é boa s a pessoa a guarda de forma legítima, sem legalismo, sem dogmas de homens, sem o “fermento”.

2ª Coríntios 3:14: “Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi pelo Messias abolido.”
Os anômicos usam este texto para dizer que a Lei foi abolida.
Mas, o que foi abolido, segundo o texto?
A Lei ou o véu?
Na tradução RA, o texto diz assim: “Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em HaMashiach, é removido.”
NTLH: “Mas eles não queriam compreender e, até hoje, quando eles lêem os livros da antiga aliança, a mente deles está coberta com o mesmo véu. E esse véu só é tirado quando a pessoa se une com HaMashiach.”
O texto no contexto original: “Além disso, a mente deles era semelhante à pedra, pois até o dia d hoje o mesmo véu permanece sobre eles enquanto lêem a Antiga Aliança; não lhes foi esclarecido, pois apenas pelo Messias o véu é removido.”
Continuando nos versos 15,16 e 17: “Até hoje, sempre que Mosheh é lido, o véu permanece sobre o coração deles. No entanto, diz a Torah: sempre que alguém se volta para ADONAI, o véu é removido (Sh’mot {Êxodo} 34:34).
No texto, ADONAI significa Seu Ruach. E onde está o Ruach de ADONAI, aí há liberdade.”
O que foi abolido pelo Messias não foi a Lei, mas o véu que simboliza a falta de entendimento pleno da Torah, por isso Ele disse que veio plenificar a Torah (Mattityahu 5:17,18).

Hebreus 7:12: “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.”

A mudança no Sacerdócio não trouxe mudança da Torah, apenas houve mudança da Lei referente ao Sacerdócio, por causa da mudança do Sacerdócio.
Mas o princípio do Sacrifício e do Sacerdócio do Messias provém da Torah, pois a Lei Sacrificial, mesmo quando mudada pelo Messias, permanece vigente.
A salvação é pela Graça, mediante a Fé no Messias, e pelo Seu Sangue (do Seu Sacrifício), é realizada a expiação dos pecados (princípio da Torah).
No estabelecimento da Nova Aliança, o Eterno mudou, transformou, aperfeiçoou a Lei Sacerdotal, através de Seu Filho.
Como?
Mudou-se o Sacerdote = da ordem de Aharon para a ordem de Malki-Tzedek = Yeshua;
Mudou-se a forma de exercer a Lei Sacerdotal = não era mais o sangue de animais, mas o precioso Sangue do Filho de D’us;
Mudou-se a cronologia da Lei = de temporário passou a ser eterno;
Mudou-se a abrangência da Lei = de uma vez no ano para uma vez por todas.
Entre outras coisas, a Lei permanece vigente, porém, toda a forma de se cumpri-la foi aperfeiçoada, mas o princípio espiritual da Lei permanece intacto.
A Lei mudou no tocante ao seu cumprimento, isto é, era de um jeito e agora é de outro, muito mais eficaz, superior e excelente.
Por isso Yeshua é o Sumo Sacerdote, o Mediador da B’rit Hadashah.

Hebreus 7:18,19: “Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a D’us.”

As promessas da Antiga Aliança eram condicionais (bilateral).
O pré-requisito era que Israel obedecesse aos Mandamentos para que D’us cumprisse as promessas de bênçãos, estabelecidas no pacto (Sh’mot 19:5).
Mas a maioria de Israel não cumpriu a sua parte diante de D’us.
A falha não estava na Lei, pois o Mandamento é “santo, e justo e bom” (Romanos 7:12), mas na natureza pecaminosa do homem, que se rebelou contra as condições estipuladas na Aliança.
Ela tinha um poder limitado e não podia conceder vida espiritual nem justificar os pecadores por causa da natureza pecaminosa.
A Antiga Aliança teve de ser inaugurada com sangue para ter efeito legal. Mosheh mediou-a tomando o livro da Lei, lendo-o diante dos filhos de Israel – que concordaram em guardar os seus preceitos – e, depois, aspergindo o livro e o povo com sangue (Hebreus 9:19-20).
O fato de esta Aliança ter sido firmada com sangue mostrou que era necessária a morte de uma vítima inocente para consagrar e estabelecê-la.
Aquele pacto era apenas um tipo e uma sombra que apontava para o dia em que O Messias consagraria e firmaria uma Nova Aliança, através do derramamento de Seu próprio Sangue.
Somente Ele poderia mediar a Nova Aliança de D’us com Israel (Yirmeyahu 31:31).
Quando o escritor de Hebreus cita a Antiga Aliança como "perto está de acabar", analisando dentro do contexto original das Escrituras, ele se refere à forma como foi estabelecida esta Aliança = sob o sacrifício de animais = sendo assim, na Nova Aliança houve um aperfeiçoamento, isto é, não seria mais pelo sangue de animais.
Obedecendo à vontade do Pai, o Messias entregou Seu corpo como uma oferta definitiva, permitindo que o pecado do homem fosse removido (Hebreus 10:5-10).
A conclusão é óbvia: D’us substituiu o primeiro sacrifício pelo aperfeiçoamento, que dependia da morte de animais, para estabelecer o segundo Sacrifício, que dependia da morte do Messias.
Mas, o aperfeiçoamento não anulou e nem aboliu a Torah, pois a Lei referente ao Sacrifício e ao Sacerdócio permanece em vigor na pessoa do Messias.

Hebreus 9:6-28 = O estabelecimento da Nova Aliança jamais anulou ou revogou a Antiga.
O que o texto de Hebreus nos revela é a superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga, não porque tenha substituído a Antiga, mas por causa da Redenção do Messias, derramando o Seu Sangue, assim substituindo de uma vez por todas a forma sacrificial na Lei para a remissão de pecados (Hebreus 7:12,28) e revelando-nos o espírito (verdadeiro sentido) da Lei (2 Coríntios 3:6), para que também se cumpra a profecia dita por Yirmeyahu: “Eis que dias vêm, diz ADONAI, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o ADONAI.
Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz ADONAI: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu D’us, e eles serão o meu povo.” (Yirmeyahu 31:31-33).
O termos usados no versículo 13 de Hebreus 8, como “envelheceu o primeiro” e “perto está de acabar”, não significa que a Lei dada aos judeus tornou-se ‘obsoleta’, ou ‘abolida’.
O texto se refere à atitude dos judeus em relação à Lei, isto é, eles invalidaram a Aliança, significando que ela seria aperfeiçoada, perdendo o seu verdadeiro valor, não por causa dela em si, mas por causa da atitude dos que a receberam = versos 6,7 e 8 de Hebreus 8, no contexto original: “Agora, porém, a obra dada a Yeshua é muito superior à deles, assim como a Aliança por Ele mediada é melhor. Porque esta Aliança foi dada como Torah com base em melhores promessas. De fato, se a primeira Aliança não tivesse dado espaço para a descoberta de erros, não haveria a necessidade da segunda.
Pois é D’us quem achou erro no povo, ao dizer: Vejam! Estão chegando dias, diz ADONAI, quando estabelecerei com a casa de Yisra’el e com a casa de Y’hudah uma Nova Aliança.”
O texto usado do livro de Yirmeyahu diz: “como não permaneceram naquele meu concerto, eu para eles não atentei, diz ADONAI.” (31:9b), nos mostra que os judeus estando na Antiga Aliança, invalidaram-na por causa da desobediência.
Yeshua, quando cumpriu a Lei, na verdade Ele a plenificou, a aperfeiçoou, isto é, trouxe o real sentido espiritual da Torah.
Nem a Lei, nem a Antiga Aliança mudaram em suas essências, em suas substâncias e em seus princípios, mas em suas formas, que estavam firmadas na Santificação, Separação e Consagração, sim, ela foi aperfeiçoada.

Os anômicos gostam de usar os termos “Lei de D’us” e “Lei de Moisés” para afirmarem que foi a Lei de Mosheh é que foi abolida, mas a de D’us permanece, é a “Lei de HaMashiach”, “Lei do Espírito”.
As expressões "Lei de D’us" e "Lei de Moisés" são sinônimas, e não se trata de Leis distintas.
Em Yesha’yahu 33:2 diz: "Porque ADONAI é o nosso Juiz; ADONAI é o nosso Legislador; ADONAI é o nosso Rei; Ele nos salvará."
Ya’akov 4:12: "Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?"
Assim, tanto os Dez Mandamentos quanto os livros de Mosheh foram dados por Um só Legislador- o Eterno, por meio de Mosheh.
A Lei é de D’us, pois foi dada por Ele, e é de Moisés, pois foi dada por intermédio dele.
Nechemyah (Neemias) 8:1,3,8,14,18 estão escritos: 1 - "E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Mosheh, que ADONAI tinha ordenado a Israel."
3 - "E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e sábios; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei."
4 - "E leram o livro, na Lei de D’us, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse."
14 - "E acharam escrito na Lei que ADONAI ordenara pelo ministério de Mosheh que os filhos de Israel habitassem em cabanas, na solenidade da festa, no sétimo mês."
18 - "E, de dia em dia, ele lia o livro da Lei de D’us, desde o primeiro dia até ao derradeiro; e celebraram a solenidade da festa sete dias e, no oitavo dia, a festa do encerramento, segundo o rito."
Nestes textos, a mesma Lei é chamada Lei de D’us e Lei de Mosheh, indistintamente.
Primeiramente, os Mandamentos do Messias e a Lei de D’us são uma só.
Não existe uma Lei que é do Messias e outra que é de D’us: "Yeshua respondeu e disse-lhes: A minha doutrina (Torah) não é minha, mas Daquele que me enviou.
Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina (Torah), conhecerá se ela é de D’us ou se eu falo de mim mesmo."
(Yochanan 7:16,17).

Há também outro texto no Tanakh que os anômicos usam contra o ensino da Torah:
Yesha’yahu1:13: “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene.”


Primeiro, vamos entender o que significa o termo “SOLENE”:
1.Celebrado com pompa e magnificência.
2.Acompanhado de formalidades ditadas por leis ou costumes.
3.Imponente, majestoso.
O Eterno diz que este ajuntamento é solene, o é porque foi estabelecido por Ele, não por causa dos participantes.
Segundo, D’us nos revela o motivo de sua insatisfação: “não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene”.
A abominação diante do Eterno não estava no que Ele mesmo instituiu, mas na iniqüidade dos participantes que transformaram atos de obediência e amor em religiosidade, por causa da desobediência aos princípios da Torah.
Yeshua fez uma advertência similar em Mattityahu 23:23: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.”
Novamente, Yeshua ensinando sobre os escribas e fariseus em Mattityahu 23:3:“Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.”
Veja bem, iniqüidade = anomia = negação da lei, difere de “transgressão da lei” (pecado), sendo assim, o problema não está nas coisas que foram estabelecidas pelo Eterno, mas nas pessoas para as quais estas coisas foram estabelecidas.
Terceiro, é totalmente inconseqüentealguém afirmar que Yeshua, o Filho de D’us, deixou de observar as coisas estabelecidas pelo Pai por causa da iniqüidade dos participantes, do legalismo e da hipocrisia dos fariseus!
Como religiosos iníquos e legalistas incrédulos e hipócritas conseguiram invalidar a Lei do D’us de Israel, ao ponto do próprio Messias não observá-la?
Eles conseguiram invalidar sim, mas em relação a eles mesmos.


O TERMO “INIQUIDADE” NAS ESCRITURAS

Atos 8:22: “Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade e ora a D’us, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração;”
E não é o caso somente do termo "iniqüidade", mas também do termo "injustiça".
"Injustiça", do grego "adikia", que significa:
1) Injustiça, de um Juiz;
2) ausência de retidão, de coração e vida;
3) ato violando a Lei e a Justiça, ato de ausência de retidão.

"Adikia" = "A" = prefixo de negação ou ausência;
"dikia" ou "dikos" = código de justiça.

Então, os termos "iniqüidade" e "injustiça" na Bíblia estão diretamente ligados a Torah, tratando-se de "ausência, violação, transgressão, rebeldia, desobediência" da Torah (Lei de D’us, Lei de Mosheh).
Devarim (Deuteronômio) 16:20 diz: "A justiça, somente a justiça seguirás, para que vivas e possuas em herança a terra que te dará ADONAI, teu D’us." (Seguir a "justiça" é obedecer a Torah pela Fé no Messias);
Salmos 119:172 diz: “A minha língua falará da tua palavra, pois todos os teus Mandamentos são justiça."
Hebreus 1:9 diz: "Amaste a justiça e odiaste a transgressão à Torah; por isso Elohim, o teu D’us, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a nossos companheiros."
2ª Timóteo 3:16 diz: "Toda Escritura (Torah e Os Profetas, na época que este texto foi escrito) é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de D’us seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra."
Nas traduções em português das Escrituras, a violação da Torah fica "ocultada" por trás do termo genérico "iniqüidade" ou "injustiça".
2ª Tessalonicenses 2:7 (ARC): "Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;"
(ARA): "Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém;"
Na versão "American Standard Version" está escrito assim: "For the mystery of lawlessnes doth alread work..."

"Lawlessnes" (ilegalidade) vem de "law" (Lei), + "less" (ausência).

Este é o texto no original: "Pois o mistério da ira contra a Torah já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora;"

Outros textos no original:
"Quem fala por si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele transgressão da Torah."(Yochanan7:18);

"...e, por se multiplicar a negação à Torah, o amor de muitos esfriará." Mattityahu 24:12;

"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se alegra com a transgressão à Torah, mas se alegra com a verdade;" (1ª Coríntios 13:4-6).
Contexto: "O amor não faz mal ao próximo, porque o amor é o cumprimento da Torah." (Romanos 13:10);

"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a transgressão à Torah."(1ª Yochanan1:9);

"Todo aquele que vive habitualmente no pecado está também violando a Torah, pois o pecado é a transgressão à Torah."(1ª Yochanan3:4);

"Toda transgressão à Torah é pecado; e há pecado que não é para a morte."(1ª Yochanan5:17);

"...que se deu a si mesmo por nós para nos remir de todo ato de violação à Torah, e purificar para si um povo todo Seu, zeloso de boas obras." (Tito 2:14).

"Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles ajuntarão do Seu Reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a transgressão à Torah, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes."(Mattityahu 13:41,42);

"...blasfemando do que não entendem, morrerão na sua corrupção, recebendo a paga da sua transgressão à Torah;..."(2ª Kefa 2:12,13);

"Pois do céu é revelada a ira de Elohim contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detém a verdade pela transgressão da Torah." (Romanos 1:18);

"...mas ira e indignação aos que são rebeldes, que não obedecem à verdade, mas que obedecem à transgressão à Torah;" (Romanos 2:;

Para os transgressores e anuladores da Torah:
"E, se a nossa transgressão à Torah prova a justiça de D’us, que diremos? Acaso Elohim, que castiga com ira, é injusto? (Falo como homem.)" (Romanos 3:5);

Devemos nos afastar da transgressão da Torah:
"Todavia o firme fundamento de Elohim permanece, tendo este selo: conhece os seus, e: Aparte-se da transgressão da Torah todo aquele que profere o nome de D’us." (2ª Timóteo 2:19);

"Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a transgressão à Torah? Ou que comunhão tem a luz com as trevas?" (2ª Coríntios 6:14).

Santificar-se é não transgredir a Torah:
"Não reine, portanto, o pecado no corpo mortal de vocês, para obedecerdes às suas cobiças; nem tampouco apresenteis os seus membros ao pecado como instrumentos de transgressão à Torah; mas apresentai-vos a D’us, como revividos dentre os mortos, e os seus membros a Elohim, como instrumentos de justiça." (Romanos 6:12,13);

"Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os seus membros como servos da impureza e da transgressão à Torah, resultando em mais transgressão à Torah, assim apresentai agora os seus membros como servos da justiça para santificação." (Romanos 6:19);

Conclusões:

1 - Yeshua nunca desobedeceu, nem encorajou a desobediência à Torah;
2 - Yeshua rejeitará quem diz ser Seu seguidor, mas despreza a Torah;
3 - A transgressão à Torah traz escravidão espiritual ao pecado e conduz à perdição;
4 - Devemos nos afastar da transgressão à Torah;
5 - Se desejamos nos santificar, não podemos viver em constante transgressão à Torah.

Quem peca, transgride a Torah.
Quem vive no pecado, vive transgredindo a Torah.
Quem ignora, anula ou invalida a Torah segue o anti-messias: "Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não acontecerá sem que venha primeiro a apostasia e
seja revelado o homem contrário à Torah, o filho da perdição,..." (2 Tessalonicenses 2:3).
Anderson de Carvalho
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