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Mensagem por Patrick Qui 25 Nov 2010, 4:35 pm





YITRO “JETRO” (ÊXODO 18:1 a 20:26)
1º PARTE: Êxodo 18:1-12
O significado da Parashá que marca a entrega da Torah ser chamada de Yitro, o nome de um homem que não era judeu.
• Primeiro há dois tipos de gentios. Amalec que significa aquele gentio que não teme ao Eterno e odeia Israel. Este tipo de gentio é inimigo de Israel gratuitamente e muitas vezes ataca por traz aqueles que estão levando as bagagens como fez os amalequitas no deserto. O Eterno diz que fará Amalec desaparecer da face da terra, o que é um prenúncio acerca daqueles que desprezam o Eterno e perseguem gratuitamente os Seus servos, os quais desaparecerão da terra, sendo a eles vetado a herança da vida eterna e do mundo vindouro. Jetro, por outro lado, é o tipo de gentio que terá herança no mundo vindouro juntamente com os judeus fiéis, pois teme ao Eterno e dá testemunho que o Eterno é o D'us Todo Poderoso. Este tipo de gentio é honrado pelo povo judeu, como Jetro foi honrado por Moisés, chegando a dar bons conselhos a Moisés segundo a sabedoria do Eterno. A este tipo de gentio, as suas ofertas são aceitas e o Eterno se revela a eles. 
• O segundo motivo é que ao receber o nome de Jetro a parashá que fala justamente da entrega da Torah, e em especial do Decálogo (Dez Mandamentos), traz a tona que a Torah que originalmente foi dada ao nosso povo, o povo de Israel, na verdade tem alcance para toda a humanidade. Na segunda vinda do Messias Yeshua, alcançará todas as nações e será o padrão eterno do que é certo e errado, e do que agrada ou não agrada o Eterno. A Torah revela princípios eternos que regem a vida no sentido pleno da palavra. Dois versículos revelam com clareza este ponto: Isaías 2:2,3, 66:23 e Romanos 10:4, cuja tradução correta segundo todos os manuscritos é: “A finalidade da Torah é o Messias, para justiça de todo o que crê”, ou “A Torah aponta para o Messias, que justifica todo o que crê”.
2º PARTE: Êxodo: 19:3-8 (Prometer “fazer”, “cumprir” reflete um compromisso religioso, mas prometer ouvir, guardar e fazer (cumprir) é o que o Eterno realmente espera, pois reflete uma entrega total a Ele.
• A Torah só será efetiva se lermos as palavras do Eterno, pois é a palavra que concede visão, e é a visão que concede inspiração, e é a inspiração que nos compele a fazer a vontade do Eterno de uma forma plena. Se não ouvirmos a Torah não iremos obedecê-la, mas se ouvirmos, faremos!
• Para cumprir e colocar em prática os preceitos do Eterno, não basta ter boa intenção e dizer: Faremos! O Eterno na verdade nos pede para guardar e observar os Seus mandamentos. O termo em hebraico é “shamar” que significa literalmente: guardar, observar, prestar atenção, reter, proteger. Na verdade o Eterno está nos pedindo para escutar Suas palavras e guardá-las nos nossos corações. Isto envolver o ato de prestar atenção as suas palavras e entesourá-las dentro de nós, a fim de que elas continuem vivas e ativas em nossos corações. Como conseqüência disto, estas palavras nos impulsionarão a obedecermos ao Eterno e trarão inspiração as nossas vidas. Assim, só existe uma obediência perfeita, e isto ocorre quando um ato é motivado pela própria palavra do Eterno. É claro que nós temos que tomar a decisão de obedecer, e esta é a parte que nos cabe, mas quando obedecemos a primeira ordem, que é ouvir e guardar a palavra, será extremamente mais fácil seguir a segunda ordem, que é colocar em prática aquilo que ouvimos.
• Yeshua disse que a maior prova de que uma pessoa o ama é guardar as suas palavras e as suas ordens. Porém ele mesmo disse que as suas palavras não são suas, mas do Pai que o enviou (João 12:49). Em razão disto, quem nega Yeshua, nega o Pai, e quem rejeita Yeshua, rejeita o Eterno, porque Yeshua não falou por si mesmo, mas tendo recebido instrução do Eterno, repassou para nós, a fim de que tenhamos vida através destas palavras. Da mesma forma que o Eterno exigiu que o nosso povo depositasse confiança em Moisés (Êxodo 19:9), Ele exige que depositemos confiança no Seu Filho Yeshua (João 5:23,24). Depositar confiança nos mensageiro do Eterno leva as pessoas a se converterem ao Eterno e isto é a vida Eterna. (Atos 20:21)
• A palavra do Eterno forma em nós uma visão, que concede significado e propósito para as nossas vidas. Esta visão espiritual que nos é concedida pelo Eterno, enche a nossa vida de inspiração e isto se torna uma fonte de motivação inesgotável, se permanecermos imersos na Sua palavra. Contudo, se colocarmos a palavra em prática, então ela perderá o brilho. Yeshua disse que ler a palavra e não obedecer é como construir uma casa na areia, e vindo a tempestade esta casa seria destruída. Que a nossa afirmação seja como o nosso povo disse em Êxodo 24:7: Faremos (realizaremos, produziremos frutos...) e Ouviremos (observaremos, guardaremos em nossos corações...)
• Na trajetória de Moisés, o homem de D'us, houve vários momentos em que as provas, tribulações e aflições tentaram apagar a visão espiritual que ele havia recebido do Eterno, porém ele superou os obstáculos e soube se erguer após algumas aparentes derrotas, e no final alcançou uma grande vitória, deixando um exemplo de vida para ser seguido por todos nós. A vida de Yeshua também foi atingida por situações que deram a aparência de derrota, quando na verdade ele estava alcançando uma vitória que mudaria completamente o destino do povo judeu, de toda a humanidade e da própria terra. Então se quisermos chegar até o final com uma vitória consistente, precisamos ouvir constantemente a palavra do Eterno e guardá-la diligentemente em nossos corações. Precisamos seguir o exemplo de Yeshua, que muitas vezes se isolava de todos, por algum tempo, para buscar o Eterno. Quando vamos a fonte de águas vivas, saímos revigorados, restaurados e fortalecidos, e adquirimos a capacidade de superar tribulações e temores.
3º Êxodo 20:1-15 – A revelação da Torah visa tornar a terra uma morada para o Eterno. A Torah é uma ponte entre os céus e a terra. A Torah concede visão e sentido para a nossa vida. Alguém disse: “A Torah é o manual do fabricante do ser humano”. Porém, a Torah aponta para o Messias que com a revelação que trouxe da parte do Eterno e com o sacrifício perfeito que ofereceu, plenificou a Torah (Romanos 10:4). A nova aliança confirma a Torah e grava os seus preceitos eternamente em nossos corações e em nossas mentes (Jeremias 31:31-33 e Hebreus 8:8b,10,11). Mas é o sangue derramado pelo Messias, que abre a porta para uma pessoa retornar (converter a direção da sua vida, que estava em sentido contrário da obediência ao Eterno) para o Eterno, e após a conversão, ele nos garante a vida eterna, suprindo a expiação necessária para nossa permanência na presença do Eterno, apesar dos nossos erros involuntários. Além disso, a Nova Aliança garantiu também a perpetuação da Torah. “Se a Torah, que nos foi dada através de Moisés, é o manual do Fabricante do ser humano, a B'rit Chadashá (Nova Aliança, Novo Testamento) que veio através de Yeshua, o Messias, é a garantia de vivermos para sempre com o Fabricante”.
• A Torah nos ensina a consagração, ou seja, permanecer em conexão com o Eterno, através da abstinência de algumas coisas que desagradam o Eterno, da aquisição de hábitos que agradam o Eterno e da transformação de algumas atividade comuns, em demonstrações do nosso amor e fidelidade a D'us. Renunciamos ao que a Torah considera como pecado, praticamos o que a Torah nos pede e transformamos o ato de comer, andar, falar e dormir numa forma de servir ao Eterno, através das B'rachot e Mitzvot (bênçãos e mandamentos) que podemos praticar ao fazermos estas coisas.
• Sofremos e nos afligimos pelos erros que cometemos. Mas isto não aconteceu por ter havido algum erro de fabricação, mas simplesmente porque os primeiros homens que vieram do pó agiram contrário ao manual e insistimos em fazer o mesmo.
• Na Torah, que literalmente significa: Instrução, existem 613 preceitos, sendo 248 positivos (nos inspiram a fazer coisas que agradam o Eterno), 365 negativos (nos adverte para não fazer certas coisas que desagradam o Eterno), e é constituída por Mandamentos, Estatutos, Juízos, ensinamentos sobre a vida e promessas. Na Torah foi instituído o recurso da expiação, que quando acompanhada pelo arrependimento de pecados cometidos e pela demonstração de Fé nas palavras do Eterno, supre aquilo que nos falta e abre a porta para a manifestação da Graça Divina sobre as nossas vidas. Através de Moisés o Eterno revelou a Torah. Através do Seu Filho Yeshua, a Torah veio a se tornar plena e foi assegurada a sua perpetuidade na vida daqueles que herdarão o mundo vindouro (Mateus 5:17-19, Êxodo 12:14 e outros versículos semelhantes, que contém a frase: “estatuto perpétuo, ou eterno”).
• No Decálogo (10 Mandamentos), os cinco primeiros mandamentos são dedicados ao relacionamento do homem com o Eterno e os cinco últimos do relacionamento do homem com o seu semelhante.
• Devemos declarar que somente o Eterno é D'us, adorarmos somente Ele, nunca fabricar uma estátua nem se prostrar a uma. Não devemos agir (jurar em vão) de forma leviana em nome do Eterno para não difamar o Seu grande nome na terra. Devemos guardar o Shabat para nos certificar de ouvir as Suas palavras e nos elevarmos ao Seu reino espiritual, justamente neste dia que Ele ordenou. Devemos honrar nossos pais, não deixando que passem necessidades e devemos respeitá-los, pagando assim o bem que nos fizeram com o bem. Os nossos pais forma os primeiros a nos ensinar acerca da obediência, que é um dos pontos fundamentais para permanecermos na presença do Eterno. Cumpri-se assim os primeiro cinco mandamentos. Na segunda parte aprendemos que não temos o direito de tirar a vida de uma outra pessoa, a menos que isto ocorra por legítima defesa (como explicado em outras partes da Torah). Não devemos nunca adulterar e por extensão trair a confiança de outras pessoas. Não devemos tomar posse daquilo que não nos pertence, mas nos contentar com o que temos. Nunca devemos dar um falso testemunho acerca de alguém, pois isto é algo extremamente desagradável aos olho do Eterno. Não devemos cultivar a inveja em nossos corações, cobiçando a mulher, ou a casa, ou os bens do nosso próximo, pois isto reflete uma atitude de murmuração com relação aquilo que o Eterno nos tem dado, além de ser uma atitude tola, pois muitas vezes, sem saber, somos mais felizes que o nosso próximo, mesmo achando que ele é mais bem sucedido do que nós.
• O Shofar (Êxodo 20:18) marcou a presença do Eterno, que se manifestou através do fogo (Êxodo 19:18). A Torah foi dada nas 70 línguas das nações, e por isto, no original em hebraico diz que o povo viu “vozes” (colot). Em Atos 2:3 isto se repete e os Emissários do Messias relatam as vozes como “Línguas de Fogo”.
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