Trindade – Yeshua (Yeshua) é D’us? Provas de alterações de texto bíblico para embasar essa doutrina. Publicado em 26 26America/Sao_Paulo novembro 26America/Sao_Paulo 2008 por soaescritura
JOHAN J. WETTSTEINUma das figuras mais controversas nas fileiras dos pesquisadores
bíblicos no século XVIII foi J. J. Wettstein (1693-1754). Desde novinho,
Wettstein se viu encantado pela questão do texto do Novo Testamento e
suas múltiplas variações e perseguiu o assunto em seus primeiros
estudos. No dia posterior a seu aniversário de 20 anos de idade, em 17
de março de 1713, defendeu tese na universidade de Basiléia sobre "A
variedade de versões no texto do Novo Testamento". Entre outras coisas, o
protestante Wettstein defendia que versões variantes "podem não ter um
efeito debilitante sobre a fidedignidade ou integridade das Escrituras".
A razão: YHWH "pôs esse livro de uma vez por todas no mundo como um
instrumento para a perfeição do caráter humano. Ele contém tudo o que é
necessário para a salvação tanto da crença quanto da conduta". Nesse
caso, versões variantes podem afetar pontos menores das Escrituras, mas a
mensagem básica segue intacta, não importa que variante alguém
perceba.(17)
Em 1715, Wettstein foi à Inglaterra (em uma turnê
literária) e teve completo acesso ao Códice Alexandrino, do qual já
ouvimos falar quando abordamos Bentley. Uma parte do manuscrito mereceu a
atenção particular de Wettstein: era uma daquelas questões acessórias
de conseqüências enormes: dizia respeito ao texto de uma passagem-chave
do livro de I Timóteo.
A passagem em questão, I Timóteo 3, 16,
fora usada durante muito tempo por defensores da teologia ortodoxa em
apoio da visão segundo a qual o próprio Novo Testamento chama Yeshua
YHWH. É que o texto, na maioria dos manuscritos, refere-se a HaMashiach como
"YHWH tornado manifesto na carne e justificado no Espírito". Como já
indiquei no capítulo 3 deste livro, a maioria dos manuscritos abreviava
os nomes sagrados (os chamados
nomina sacra, e esse é o caso justamente aqui, onde o termo grego para YHWH
(ΘEOΣ é abreviado com duas letras,
teta e
sigma (ΘΣ,
com uma linha traçada no topo das duas para indicar que se trata de uma
abreviatura. Wettstein percebeu, ao examinar o Códice Alexandrino, que a
linha sobre as duas letras fora feita em uma tinta diferente da que
fora usada para as palavras circundantes, de onde se depreende que
provinha de uma mão tardia (isto é, traçado por um copista posterior).
Além disso, o traço horizontal do meio da primeira letra,
Θ, não
fazia realmente parte da letra, mas era uma linha que vazara desde o
outro lado do velho velino. Em outros termos, em vez de se tratar de uma
abreviatura (
teta-sigma) de "YHWH"
(ΘΣ, a palavra era realmente formada por um ômicron e um sigma (
ΘΣ),
uma palavra completamente diferente, que significa simplesmente "quem".
A redação original do manuscrito não falava, pois, de HaMashiach como "YHWH
manifestado na carne", mas de HaMashiach, "que foi manifestado na carne".
De acordo com o testemunho antigo do Códice Alexandrino, HaMashiach deixa de
ser explicitamente chamado de YHWH nessa passagem.
Na seqüência
de suas investigações, Wettstein encontrou outras passagens típicamente
usadas para afirmar a doutrina da divindade de HaMashiach que, de fato,
representavam problemas textuais. Quando esses problemas são resolvidos
com fundamentos crítico-textuais, na maioria das vezes, referências á
divindade de Yeshua são excluídas. É o que ocorre, por exemplo, quando o
famoso parêntese joanino (I João 5, 7-
é removido do texto. E isso
acontece em uma passagem, Atos 20,28, na qual muitos manuscritos falam
da "Igreja de YHWH, que ele obteve por seu próprio sangue". Aqui, outra
vez, fala-se de Yeshua como YHWH. Mas, vez disso, no Códice Alexandrino e
em alguns outros manuscritos, o texto fala da "Igreja do Senhor, que
ele obteve por seu próprio sangue". Aqui Yeshua é chamado de Senhor, mas
não é explicitamente identificado com YHWH.
Alertado contra
dificuldade desse tipo, Wettstein começou a questionar seriamente as
próprias convicções religiosas e foi se familiarizando com o problema
segundo o qual o Novo Testamento raramente chega, se é que alguma vez
chega, a chamar Yeshua de YHWH. E ele começou a se sentir incomodado com
seus companheiros pastores e professores de sua cidade natal, Basiléia,
que às vezes se confundiam na linguagem sobre YHWH e HaMashiach – por
exemplo, ao falar do Filho de YHWH como se se tratasse do Pai, ou ao
dirigir-se a YHWH Pai na oração, falando de suas "sagradas chagas".
Wettstein achava que era necessário ser mais rigoroso ao falar do Pai e
do Filho, visto que não eram o mesmo.
A insistência de Wettstein
nesses materiais começou a levantar suspeitas entre seus colegas,
suspeitas que se confirmaram para eles quando, em 1730, Wettstein
publicou uma discussão dos problemas do Novo Testamento grego como
antecipação de uma nova edição que estava preparando. Inclusas entre as
amostras de passagens de sua discussão estavam alguns dos textos
disputados que eram usados pelos teólogos para fundamentar biblicamente a
doutrina da divindade de HaMashiach. Para Wettstein, na realidade, esses
textos tinham sido alterados justamente para incorporar essa
perspectiva: os textos originais não podiam ser usados como apoio dessa
doutrina.
Essa posição causou furor entre os colegas de
Wettstein, muitos dos quais se tornaram seus adversários. Eles fizeram
moções junto ao conselho municipal da Basiléia para que Wettstein não
conseguisse autorização para publicar seu Novo Testamento grego, por
eles classificado de "obra perigosa, indesejável, inútil"; e afirmavam
que "o diácono Wettstein está pregando fora da ortodoxia, fazendo
afirmações, em suas aulas, contrárias ao ensino da Igreja Reformada e
tem em mãos as provas de um Novo Testamento grego no qual algumas
perigosas inovações muito suspeitas de socinianismo [uma doutrina que
negava a divindade de HaMashiach] virão à tona". Chamado a prestar contas de
seus pontos de vista diante do conselho universitário, concluiu-se que
ele defendia posições "racionalistas" que negavam a inspiração plenária
das Escrituras e a existência do mal e dos demônios e insistia em
obscuridades escriturísticas.
Wettstein foi, então, destituído
do diaconato cristão e obrigado a deixar a Basiléia. Por isso, foi
estabelecer residência em Amsterdam, onde deu continuidade à sua obra.
Posteriormente, queixou-se de que essa controvérsia toda forçou um
atraso de vinte anos na publicação de sua edição do Novo Testamento
grego (1751-1752).
Mesmo assim, era uma edição magnífica, que
mantém todo o valor para os pesquisadores de hoje, mais de duzentos e
cinqüenta anos depois. Nela, Wettstein imprime o Textus Receptus, mas
também reúne um surpreendente conjunto de textos judeus, romanos e
gregos, que são paralelos de afirmações encontradas no Novo Testamento e
podem iluminar o sentido delas. Ele também cita um grande número de
variantes textuais, aduzindo como prova cerca de vinte e cinco
manuscritos maiúsculos e cerca de duzentos e cinqüenta minúsculos (quase
três vezes o número a que Mill teve acesso), ordenando-os de modo muito
claro, referindo cada maiúsculo com uma letra diferente em caixa alta e
usando números arábicos para marcar os manuscritos minúsculos – um
sistema de referência que se tornou padrão durante séculos e que ainda
é, em sua essência, amplamente usado hoje.
A despeito do enorme
valor da edição de Wettstein, a teoria textual que está por trás dela
geralmente é vista como completamente ultrapassada. Wettstein ignorava
os avanços metodológicos feitos por Bentley (para quem já trabalhadra,
cotejando manuscritos) e Bengel (a quem considerava inimigo) e ainda
afirmava que os antigos manuscritos gregos do Novo Testamento não
mereciam crédito porque, a seu ver, tinham sido todos alterados em
conformidade com os testemunhos latinos. Contudo, não há prova de isso
ter acontecido e o resultado final de usar esse raciocínio como critério
determinante de avaliação é que, quando alguém precisa decidir acerca
de uma variante textual, o melhor procedimento não é ver o que os mais
antigos testemunhos dizem (eles, de acordo com essa teoria,
distanciaram-se completamente dos originais!), mas ver o que os mais
recentes (os manuscritos gregos da Idade Média) dizem. Nenhum dos
grandes pesquisadores do texto apóia essa teoria esquisita.
____________________________
17. HULBERT-POWELL, C. L.
John James Wettstein, 1693-1754: an account of hislife, work, and some of his contemporaries. Londres: SPCK, 1938. p. 15-17.
DO
LIVRO: BART D. EHRMAN, O que Yeshua disse? O que Yeshua não disse? Quem
mudou a Bíblia e por quê, capítulo 4, A BUSCA DAS ORÍGENS, p. 122-126.
YESHUA (Yeshua) É D’US? Escrito por Igor Miguel Certa vez Yeshua foi questionado por um
escriba, sobre qual era o principal dos mandamentos. Ele, sem hesitar,
lhe respondeu: “Ouve Israel, ADONAI é nosso D’us, ADONAI é UM” (Mc 12:29
– Dt 6:4). Yeshua citou o mandamento central da fé do povo judeu, o
fundamento do monoteísmo, a crença em Um Ùnico D’us. Este é um princípio
básico das Escrituras, o fato de que não há espaço para deuses, mas
para Um Único D’us, ADONAI. Porém tradicionalmente, o cristianismo vem
compreendendo Yeshua ou Yeshua dentro do conceito de trindade e comumente
ouve-se cristãos afirmando que Yeshua é D’us ou o próprio ADONAI (O PAI)
em carne. Tais afirmações podem ser problemáticas se forem má
formuladas, pois colocam em risco a fé monoteísta, produzindo assim uma
doutrina que pode soar idólatra ou no mínimo triteísta. Pois afinal, se
D’us é um e Seu nome é Adonai, como pode haver outro D’us chamado Yeshua?
Esta é uma pergunta lógica, que automaticamente produzirá uma outra:
“Yeshua é D’us?” Antes de responder esta pergunta, deve-se primeiro
refletir sobre o quê significa a palavra “D’us”. Ignorando o fato de que
em português ela tem origem pagã, todos tem de alguma forma um conceito
do quê esta palavra significa, ou a quem ela se refere. Mas, sabe-se
que há diferentes “deuses”, tanto quanto existem diferentes religiões.
Porém, ao se tratar do D’us da Bíblia, a que D’us ela está se referindo?
Conforme o texto citado, o D’us Único da Bíblia é ADONAI. Para ser mais
exato, Seu nome é formado por quatro consoantes hebraicas – Yud, Hei,
Vav e Hei, que formaria o correspondente em português YHVH. Como se pode
observar, o nome de D’us não tem vogais, o que o torna conseqüentemente
impronunciável. Muitos na tentativa de transliterar este nome criaram
expressões como Jeová, Javé, Yavé, Yahweh ou Yahú; todas criações de um
nome completamente desconhecido, conforme a lingüística hebraica vem
comprovando. Como vimos, o nome do D’us de Israel é impronunciável,
sendo assim, foi criada uma forma alternativa de chamá-lo, neste caso, a
expressão ADONAI, que quer dizer simplesmente “SENHOR”. Conclui-se
então, que D’US é UM e seu nome é YHVH (ADONAI). Partindo desta tese,
retoma-se a pergunta inicial: “YESHUA (Yeshua) É D’US?”. Se esta pergunta
é formulada com o sentido de “YESHUA (Yeshua) É ADONAI?”, a resposta é:
NÃO! Por quê? Por um motivo simples, o próprio Yeshua deixou claro em
várias citações sua distinção do PAI (ADONAI); veja este exemplo: "Em
verdade, em verdade, digo-vos que o Filho por si mesmo não pode fazer
coisa alguma, se não vir fazer o Pai; porque tudo o que o Pai faz o
Filho faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que
faz; e Ele lhe mostrará maiores obras do que estas para que vos
maravilheis. Porque, assim como o Pai ressuscita os mortos e os
vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. E também o Pai
a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo" (João 5.19-22). Este
texto é muito interessante, pois demonstra claramente que Yeshua e o Pai
possuem funções distintas e que o poder dEle depende completamente de
Adonai, como diz o trecho: “[...] o Filho por si mesmo não pode fazer
coisa alguma [...]”. Além disso, também fica claro que existe uma
poderosa unidade entre ambos – unidade não no sentido de serem a mesma
‘entidade’, mas de parceria, união – [...] porque tudo o que o Pai faz o
filho faz igualmente [...]. Por isto em outro trecho, Yeshua dirá “Eu e
o Pai somos UM”. O que se percebe é que Yeshua tem uma autoridade
divina – o que não o transforma no PAI. Porém, esta depende
profundamente de ADONAI, Ele não tem autoridade ou poder divino por si
só, ele depende da unidade com Seu Pai. Outro detalhe importante é
perceber a submissão de Yeshua, pois como ele mesmo disse: “[...] vou e
volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá
para o Pai, pois O PAI É MAIOR DO QUE EU” (João 14:28). Isto deve ficar
claro, pois o problema é que a doutrina da trindade, vem ignorando o
fato importante de que Yeshua está submetido à autoridade do Pai
(ADONAI), e que o PAI, conseqüentemente é maior do que o Filho. Existe
um caráter hierárquico aqui. Agora, voltando à pergunta, “Yeshua é
D’us”? Se esta sentença tiver o mesmo sentido de perguntas como: “Yeshua
é divino”? ou “Yeshua possui atributos divinos”? ou ainda “Yeshua tem
autoridade divina?”. Se ela for formulada com estes significados, não há
problemas em responder que SIM, Yeshua é D’us (divino). Pois de fato,
Yeshua tem atributos e autoridade divinas, mas não porque ele é o PAI,
ou ADONAI, mas, porque o PAI lhe concedeu tal poder – como foi visto em
texto anteriormente citado. Vale fazer outra citação antes de
prosseguir: “No princípio era o Verbo, o Verbo estava com D’us, e o
Verbo era D’us” (João 1:1). Este texto significa que lá em Gênesis
(Bereshit em hebraico) a PALAVRA (gr. LOGOS ou hb. DAVAR) estava com
D’us, sabe-se que ela é YESHUA (Yeshua), porém o texto ainda diz que Ele O
VERBO (A PALAVRA) era D’us. Não seria esta uma refutação a teoria
apresentada neste texto? De forma alguma! Basta observar a estrutura
deste versículo em grego. Toda vez que se usa um termo grego para se
referir a um substantivo, usa-se um artigo definido antes dele, a
ausência deste artigo indefine automaticamente o substantivo. Por
exemplo, quando o substantivo masculino ocorre (em grego) e se quer
fazer uso de um artigo definido, usa-se a expressão “rô” 1. O estranho é
que neste texto João, o final da sentença está: “kai (e) théos (D’us)
en (era) ró (o) logos (verbo)”. Observe a ausência do artigo “ró” antes
de D’us (théos), já antes da palavra “logos” ele ocorre. Como no grego a
ausência de artigo definido, indica automaticamente indefinição, daí
que alguns grupos concluíram a tradução do texto como “um D’us” – os
Testemunhas de Jeová por exemplo – traduzindo o texto com um artigo
indefinido antes de theós. Porém, esta tradução também é errada, uma
solução simplista e que fere a idéia de um único D’us. Pois, ao por D’us
no indefinido “um”, supõe-se a existência de outros deuses, e aí cai-se
novamente no ‘politeísmo’. Finalmente, qual seria a solução para este
texto? Qual seria a melhor tradução? Devemos lembrar que o evangelho de
João possui um grego muito pobre, provavelmente escrito por alguém que
tinha pouco domínio da língua, conforme esclarece o Dr. Russel Champlim:
“O grego ali usado é próprio de um autor que falava o aramaico (sic)
[hebraico], e que adquiriu o grego como segundo idioma. Há muitos erros
gramaticais no original…” (CHAMPLIM, R.N. Enciclopédia de Bíblia,
Teologia e Filosofia. Ed. Candeia, São Paulo: 1995, Pg. 544). O que
parece é que João queria usar o substantivo theos (D’us) como um
adjetivo, não no sentido do ‘verbo ser D’us’, mas, que o ‘verbo é
DIVINO’. O que esclarece definitivamente o texto. Fato é, João não
estava dizendo através deste texto que Yeshua é ou era ADONAI. Mas, que
Ele é divino, o que muda completamente o sentido do versículo. Para
entender definitivamente a função de Yeshua, deve-se usar o princípio da
representatividade. Yeshua REPRESENTA o Pai. Por ser seu representante
legal é também possuidor da autoridade dAquele a quem representa, é
divino, não no sentido de ser o PAI, mas no sentido de vir do D’US
ADONAI. Por isto a Bíblia o chama de “D’US FORTE” (Isaías 9:5) e “D’US
CONOSCO – EMANUEL” (Isaías 7:14). Pois, YESHUA ‘REPRESENTA’ ADONAI ENTRE
NÓS, sendo assim, quem honra o Filho, honra o Pai (João 5:23). Existem
vários textos que demonstram este caráter representativo de Yeshua,
vejamos: “… o qual (Messias) é a imagem do D’us invisível, o primogênito
de toda a criação” (Cl. 1:15). Aqui o Messias é a “imagem do D’us
invisível”, ninguém pode ver ao Eterno (YHVH), mas todos podemos vê-lo
em Seu Filho o Messias Yeshua. Outro texto interessante é o que está em
Hebreus 1:3: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão do Seu
Ser”. Vale observar a má tradução feita pelas versões Almeidas (ARC e
ARA) que colocam o versículo como: “… a expressão ‘exata’ do Seu ser…”
esta palavra – exata – simplesmente não existe no original, a palavra
grega aqui é ‘character’ que foi melhor traduzida pela versão americana
King James como sendo: “a imagem expressa do Seu ser”. Yeshua é a uma
expressão cognoscível, em que é possível conhecer D’us (YHVH). D’us o
Pai, o ETERNO (YHVH) é intenso, é icongnoscível, é extenso,
transcendente, enorme, é Eterno ou como dizem os cabalistas o EIN-SOF
(Sem Fim), nem um homem em seu estado de mortalidade pode conhecê-lo,
por isto enviou Ele um mediador (um representante), no qual é possível
perceber todos os Seus atributos de uma forma compreensível a mente e as
condições espirituais do homem. O D’us icongnoscível se torna
congnoscível através de Seu Ungido o Messias YESHUA. Por isto João diz:
“Ninguém jamais viu a D’us; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, é
quem o revelou” (João 1:18) [Observação sobre as versões que põe este
verso como: ‘... o D-us o unigênito o revelou...’ estão no final do
artigo na nota #2]. Ninguém jamais viu a D’us, por Isto agora podemos
vê-lo em Seu filho, é como o próprio Yeshua disse em Mateus 11:27 “…
ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar”. Aí reside o que chamo de “Divindade Representativa” – ninguém
pode conhecer o Pai, ninguém pode percebê-lo, Ele é incompreensível se o
vermos em nossas limitações intelectuais e espirituais, por isto Ele
enviou seu FILHO em quem habita corporalmente (em forma de corpo) sua
plenitude, a fim de torna-se compreensível aos olhos humanos. Assim, o
D’us único revela seu poder e atributos através de seu Ungido. Chocante
para os que formulam D’us dentro do conceito trinitariano é pensar na
possibilidade que Yeshua (Yeshua) tem um D’us, sim, Paulo faz menção a
isto quando diz: “Bendito seja o D’US, e PAI de nosso Senhor Yeshua
HaMashiach, o Pai das misericórdias…” (II Co 1:3 e Ef 1:3). Como pode Ele
ser o D’us de si mesmo? Encerra-se dizendo: “Depois virá o fim, quando
houver entregado [YESHUA] o Reino a D-us, ao Pai, e quando houver
aniquilado todo o império e toda a potestade e força. Porque convém que
[YESHUA] reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus
pés. Porque todas as coisas (o Messias) sujeitou debaixo de seus pés.
Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que
se excetua Aquele [O PAI] que sujeitou todas as coisas. E, quando todas
as coisas lhe estiverem sujeitas [A YESHUA], então também o mesmo Filho
se sujeitará Àquele [AO PAI – ADONAI] que todas as coisas lhe sujeitou,
para que D-us seja tudo em todos” (I Co.15:24). Este texto significa que
D’us (O PAI) deu autoridade máxima a Yeshua nestes tempos, para
destruir principados, aniquilar impérios, para subjugar o inimigo e
conquistar o Reino, finalmente, quando o Messias cumprir sua missão, Ele
devolverá o Reino pronto para PAI, para que ELE (D’US – ADONAI) seja
tudo em todos. 1 – “Rô” (aspiração áspera + ómicron) ocorre quando o
substantivo está no nominativo, quando se está no acusantivo é o artigo
“ton”(tau + ómicron + ní). Nos substantivos femininos são outras
ocorrências. 2 – As versões Almeida em Português adotaram a tradução
“D-us Unigênito”, tradução esta rejeitada por várias versões clássicas e
modernas, como a King James, a NVI e outras. Pois em alguns manuscritos
antigos ocorre como “Filho Unigênito” e João raramente usa a expressão
em grego para unigênito (monoguêne gr.) ligado a “D-us”, o sempre faz
ligado a “Filho”. Como os manuscritos antigos do N.T. abreviavam nomes
sagrados como “D-us”, “Filho”, “Israel”, (isto é chamado entre os
estudiosos de nomina sacra), a similaridade das duas letras minúsculas
Teta e Sigma que juntas eram uma abreviação para a palavra “D-us” e as
letras Ypsilon e Sigma, que juntas eram uma abreviação para a palavra
“FILHO”, poderiam ser facilmente confundidas por um tradutor. Daí a
ocorrência em alguns manuscritos traduzirem o versículo como “Filho” e
outras como “D-us”. Como João nunca usa a expressão “Unigênito”
associada a D’us, mas várias vezes associada a Filho, as boas traduções
não usam mais esta versão: “O D-us unigênito o revelou” e sim “O Filho
unigênito o revelou…”. http://www.ensinandodesiao.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=90&Itemid=28
Sáb 03 Set 2016, 8:55 pm por azzi
» Eu sou o Diego e você quem é ??
Sex 06 Mar 2015, 11:58 am por Ebel
» 9º Encontro Judaico Amigos da Torah
Ter 10 Fev 2015, 12:07 am por Amigos da Torah
» Sobre Romanos 11
Qui 12 Jun 2014, 2:00 pm por Anderson de Carvalho
» O "véu" de 2ª Coríntios 3
Qui 12 Jun 2014, 1:58 pm por Anderson de Carvalho
» Yeshua, os juizes e Moises eram deuses? Politeismo?
Sex 16 maio 2014, 10:47 am por azzi
» A Lei ou o espírito da Lei?
Ter 13 maio 2014, 11:27 pm por Eliel Laurentino de Melo
» "Ouve, Israel, Adonay é nosso D'us. Adonay é um."(Dt 6:4)"
Qua 16 Abr 2014, 1:39 pm por azzi
» Reunião de Grupo de Estudos - Porto Alegre/ RS
Qui 27 Fev 2014, 2:59 am por Antonio Carlos Do Nacimen