CHUKAT (ESTATUTO)/BALAK (DESTRUIDOR): Números 19:1 a 22:1 –

PRIMEIRA PARTE: Números 19:1-10

Pará Adumá – a vaca vermelha.
O sangue era aspergido por Eleazar que com o seu dedo aspergia 7 vezes na entrada da tenda da reunião.
Era queimada e um pau de cedro e hissopo e tinta escarlate eram jogados no fogo junto com a Pará Adumá.
As cinzas eram levadas para um lugar puro fora do acampamento.
O sacerdote e o homem que queimava a vaca ambos ficavam impuros com o contato com a vaca, e necessitavam se purificar lavando suas roupas e se banhando em água. O que levava a cinza e o que aspergia a água purificadora, ambos também ficavam impuros e precisavam lavar suas roupas... Mas a cinza da vaca misturada com água corrente seria usada como águas purificadoras.
As águas purificadoras purificavam a pessoa que tinha tocado um morto e os utensílios da casa ou tenda que o morto estava.
Uma pessoa pura usava o hissopo para aspergir as águas purificadoras.
A pessoa que tocava um morto ficava impuro por sete dias, e no terceiro e no sétimo dia era aspergido sobre ele as águas purificadoras. Se uma pessoa não se purificasse a sua alma seria banida da congregação, porque impurificou o santuário do Eterno.
Quem tocasse numa pessoa impura também ficava impuro.
Isto é um estatuto eterno.
Lições:

Não devemos aderir a pessoas mortas espiritualmente para não nos tornarmos impuros e sermos banidos da congregação de HaShem.

TRÊS COISAS NOS PURIFICAM E SEM UMA DELAS FICAMOS IMPUROS:

O sangue da vaca vermelha representa a expiação que mantém a porta aberta para a comunhão com o Eterno.
As cinzas representam os sacrifícios que nos levam a renunciar a nossa velha maneira de ser, que com o contato com o fogo do Eterno, se transformará em cinzas.
As águas correntes representam a Palavra Viva que procede do Eterno e nos é transmitida pelo Mashiach. A água da palavra numa pessoa que verdadeiramente renunciou a sua antiga maneira de ser, tem o poder purificador que mantém a pessoa em comunhão com o Eterno.
O entendimento completo, no que diz respeito à lógica e a razão deste estatuto, como acontece com outros estatutos, não é revelado de forma plena.
Existe uma lógica e uma razão para tudo o que o Eterno nos pede, mas a Sua lógica é mais elevada do que a nossa, e por isto nem sempre entendemos.
Apesar de toda a tecnologia que disponibilizou a informação e o conhecimento como nunca antes, a verdade é que não somos D’us, não sabemos tudo, existe fronteiras para o nosso conhecimento e há limitações na nossa capacidade de compreender certos aspectos da vida física e espiritual. Isto nos leva a simples conclusão: Devemos ser humildes e resistir a manifestação do orgulho em nossas almas.
A obediência é mais importante do que o entendimento e só obedecemos se verdadeiramente confiamos no Eterno. Só confiamos de fato no Eterno, se acreditarmos no fundo do nosso coração que Ele nos ama.
Receber no coração é mais importante do que entender com a mente.

SEGUNDA PARTE: A REVELAÇÃO DO MESSIAS

Hebreus 9:13,14 “Visto que se o sangue de um boi e também de um bode, e as cinzas de uma vaca aspergida sobre um impuro, santifica no que diz respeito a purificação da carne, quanto mais o sangue do Messias, o qual através do espírito Eterno (espírito do Eterno) ofereceu a si mesmo como um sacrifício sem defeito a D’us, purificará a consciência (capacidade de discernir o certo do errado) de vocês de atos mortos para o serviço ao D’us vivo”

Números 20:1 – Morte de Miriam: (tratado talmúdico Moed Katan, 28) “Por que foi aproximada a porção da morte de Miriam da porção da vaca vermelha? Para te dizer que como os sacrifícios expiam os pecados assim também a morte dos justos expiam”.
Números 20:2 – Após a morte de Miriam a água cessou. Profeticamente refere-se ao período após a morte sacrificial do Messias, quando Israel por muito tempo ficou sem a bebida espiritual que procedia do Mashiach.

1 Coríntios 10:1-4 “Mas não quero que vocês sejam ignorantes irmãos, pois todos os nossos pais estiveram sob a nuvem e todos atravessaram pelo meio do mar. E todos, em Moisés, imergiram na nuvem e no mar. E todos eles comeram um alimento espiritual (maná). E todos eles beberam de uma bebida espiritual, visto que beberam da rocha espiritual que os seguia, mas esta rocha era o Messias”

Números 20:7-13 – Ele falou com a rocha errada e dela não jorrou água, pois não reconheceu a rocha verdadeira. Então Moisés avistou a rocha, mas ao invés de falar com ela, ele a golpeou, talvez aborrecido com a constante murmuração de alguns e por estar ainda se recuperando da morte da sua irmã Miriam. Ele golpeou duas vezes e isto o impediu de entrar na terra prometida. Profeticamente isto se refere ao fato de Israel não ter reconhecido a Rocha (O Messias) e ter falado com a rocha errada (o espírito do anti-messias) e em razão disto ficou fora da terra prometida por dois milênios. No terceiro milênio o Messias voltará e reinará em Jerusalém sobre Israel e sobre todas as nações da terra. LER: Oséias 6:1-2.

Dois caminhos: O Messias e o anti-messias
O Messias: Dá a sua vida, aproxima de D’us, é o rei verdadeiro da terra e vencerá no final.

O anti-messias: Mata para se preservar, afasta de D’us, é um governante impostor e será completamente derrotado no final.

Números 21:8,9 – A serpente de bronze que foi levantada e livrava da morte aqueles que eram picados pelas serpentes venenosas. Profeticamente refere-se ao Messias que será levantado e salvará Israel nos últimos dias. LER: Zacarias 12:10.

Obs.: Infelizmente a serpente de bronze se tornou posteriormente um objeto de idolatria e foi destruída pelo rei Ezequias, que significa: “O Eterno é a minha força” (2 Reis 18:4).

João 3:14,15 “E exatamente como Moisés elevou a serpente no deserto, desta maneira é necessário que o Filho do homem seja elevado, a fim de que todo o que depositar confiança nele não seja destruído (pereça), mas tenha vida eterna”

Números 21:5,6 – Quando olhamos para o Messias, dando crédito ao seu testemunho, estamos confiando na palavra do Eterno e isto nos livra da picada da serpente espiritual, cujo veneno leva a morte espiritual naqueles que se afastaram do Eterno. Os que estão vulneráveis a morte espiritual são aqueles que se rebelam e falam mal do Eterno e daquele que tem o testemunho do Eterno.

“A fim de que todos honrem o Filho, exatamente como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou” (João 5:23).

“Todo o que rejeita (nega) o Filho, também não tem o Pai; o que concorda (não nega) com o Filho tem também o Pai” (1 João 2:23).

TERCEIRA PARTE: (Bilam) Balaão – UMA LIÇÃO: Um homem salvo, que tem experiência com D’us, mas não tem Torah, é fácil de seduzir.

A vontade do Eterno através da B’rit Chadashá é que o homem retorne a Ele através da expiação realizada pelo Seu Filho Yeshua, e permita que a Sua Torah seja impressa no seu coração e na sua mente (Hebreus 8:8-11 e Jeremias 31:31-33).
Toda pessoa tem o livre arbítrio de tomar decisões, mesmo que a sua decisão seja contrária a vontade do Eterno. Mas todas as pessoas um dia prestarão contas a D’us acerca de todas as suas decisões.
Balaão era um profeta misturado, ou seja, alguém inconstante, que embora faça a obra de D’us, não tem o devido temor a D’us e se dá ao luxo de cometer “alguns pecados” que lhe trazem certos benefícios. Este tipo de gente sempre tem um final infeliz e acaba perecendo, porque o Eterno não se deixa escarnecer.

“Não se desvie do caminho, de D’us não se zomba, porque aquilo que o homem semear ele também irá colher” (Gálatas 6:7).