Tal prática não vem de hoje, e desde os primórdios da civilização as pessoas buscam formas de ter um contato com o sobre-humano, seja através de médiuns, oráculos, magia e outros métodos relacionados ao oculto.
A finalidade para essa busca do sobrenatural são diversas, algumas vezes podem parecer até inofensivas, como por exemplo, a cura de doenças, ganhar na loteria, feitiços para conquistar o amor de uma pessoa, tentar amenizar uma angústia através do contato com um ente querido que faleceu utilizando-se sessões espíritas e muitas outras.
Mas será que tais métodos são tão inofensivos realmente?
Desvendar o desconhecido é um desejo que vem com o ser humano desde o nascimento e diante de um perigo iminente, a primeira reação da pessoa é recorrer a algo que considere ter um poder superior ao seu na busca de ajuda, e muitas das vezes não se apercebe que tal prática está ligada a uma deidade ou espíritos.
O uso do espiritismo para situações cotidianas, saber o que o futuro reserva, receber ajuda em tomar decisões importantes, abrandar ou solicitar favores a entidades ou para a realização de maldades, não é uma prática que ficou restrita as sociedades primitivas do passado, e hoje em dia milhares de pessoas em todo mundo se utilizam desse artifício.
A princípio pode até parecer ser uma prática inocente, mas não podemos esquecer, que o espiritismo também é utilizado para se fazer feitiços contra uma determinada pessoa com a finalidade de adoecê-la ou até mesmo matar.
Como devemos proceder em relação ao espiritismo?
O espiritismo propriamente dito ou outros mecanismos de adivinhação ou de contato com os mortos, como bolas de cristal, cartas de tarô e similares, seja para benefício, diversão ou para fazer o mau, não deve fazer parte da vida de um renascido.
Antes mesmo de cogitar a possibilidade de se utilizar de tais artifícios, reflita no seu íntimo através de uma simples pergunta: Estou agradando ou desagradando ao Eterno em participar de tais rituais? O próprio ULHIM nos dá a resposta a esse questionamento.
A Torá em Vayicrá/Levítico 19:31 deixa claro: "Não vos voltareis para as magias e para as feitiçarias; não busqueis impurificar-vos por elas - Eu sou Yaohu, vosso Ulhim!" e o capítulo 20 e versículos 6 e 27 do mesmo livro é mais enfáticos ao alertar: "E a alma que se voltar para as magias e para as feitiçarias, errando atrás delas, Eu porei a Minha ira contra aquela alma, e a banirei do meio de seu povo. E homem ou mulher que fizerem magia ou feitiçaria serão mortos; apedrejá-los-ão; seu sangue recairá sobre eles!".
Percebe-se que a Sagrada Escritura taxativamente proíbe qualquer tipo de atividade que envolva espiritismo, pois a prática da mesma se tornará prejudicial para a própria pessoa. Trata-se de um método que o Todo Poderoso repudia veementemente, como também nos exorta Devarim/Deuteronômio 18:10-14: "Não se achará entre ti quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo, nem agoureiro, nem astrólogo, nem adivinho, nem feiticeiro, nem encantador de animais, nem necromante ou Ideonita, nem quem consulte os mortos, porque é abominável ao Eterno todo aquele que faz estas coisas, e por causa destas abominações, Yaohu, teu Ulhim, os desterra de diante de ti.
Seja confiante Nele e então estarás com o Eterno, teu Ulhim. Porque estas nações que hás de herdar ouvem os astrólogos e os agoureiros; mas quanto a ti, Yaohu, teu Ulhim, não te permitiu tal coisa".
Isso quer dizer que, embora tais práticas existam e sejam largamente difundidas, trata-se de algo abominável para Ulhim, e nos exorta andar em integridade com Ele e não enveredar no desconhecido através destes "poderes ocultos" e que estão associados a escuridão.
Pode ocorrer, por uma simples curiosidade ou mesmo uma necessidade extrema, você se sentir atraído ou ficar bastante impressionado por determinados fatos ou situações supostamente miraculosas, e assim, tentado em utilizar desses artifícios. Mas tenha certeza que isso acontecerá para testar a sua emunáh. Se isso ocorrer, ignore totalmente e deposite sua angústia e a sua confiança no Ulhim Único. Não deixe que falsas promessas e ilusões o desoriente, pois incentivos a fazer o que é errado aos olhos do Eterno não faltarão. Yaoshuayaohu/Isaías 8:19, 20 confirma: "Se te disserem: 'Busca resposta entre os magos e os adivinhos que resfolegam e se esganiçam', responde: Não deveria qualquer povo buscar resposta com seu próprio Ulhim? Deveríamos perguntar aos mortos sobre os vivos? Em busca de instruções e testemunhos? Eles falarão segundo seu mundo de trevas, onde não penetra a luz".
Mas os mortos podem realmente falar conosco?
Não é incomum algum conhecido dizer que conseguiu "conversar" com um ente querido já falecido, seja através de sessões espíritas ou outros meios. Mas será que esse contato foi feito realmente com o espírito do finado familiar ou amigo?
Não, esse espírito ou entidade não era o ente querido já falecido. A Tanach é bem explícita na resposta a essa questão, como nos informa Qeholóth - Cohélet/Eclesiastes 9:5, 10: "Pois sabem os vivos que hão de morrer, mas nada mais podem saber os mortos, nem tampouco há para eles ainda qualquer recompensa, pois até sua recordação já foi esquecida. O que és capaz de realizar com tua força, faze-o, pois na tumba para onde te diriges não há feitos nem registros, sabedoria ou conhecimento". Assim sendo, os mortos não podem falar conosco de um mundo espiritual ou do além, pois nada podem fazer ou sentir.
Quando alguém falece, este volta ao solo e perecem os seus pensamentos e sua alma no sheol, como deixa claro Tehilim/Salmos 146:4: "Quando seu alento se exala, à terra retorna e nesse mesmo dia perecem os seus desígnios". Bereshit/Gênesis 3:19 complementa: "Com o suor de teu rosto comerás pão, até voltares para a terra - pois dela foste tomado - pois tu és pó e ao pó hás de retornar". Ou seja, antes do Eterno criar Adam (Adão) do pó, este não existia. Conseqüentemente, após a morte, ele voltou a um estado de inexistência, ou melhor, de prisão total.
Lucas 16 - O rico e Úlozor
19"Havia um certo homem rico", disse YAOHÚSHUA, "que se vestia elegantemente e vivia todos os dias no prazer e no luxo. 20-21Um mendigo, chamado Úlozor, cheio de doenças, costumava estar deitado à sua porta; e bem desejava comer ao menos as sobras da mesa desse rico, mas só tinha cachorros que vinham lamber-lhe as feridas. 22Por fim, o mendigo faleceu, e foi levado pelos anjos para junto de Abruhám. Também o rico morreu e foi sepultado. 23Ali, em tormentos, viu Úlozor lá longe com Abruhám. 24'Pai Abruhám', gritou, 'tem piedade de mim! Manda Úlozor vir ter comigo nem que seja para molhar a ponta do dedo em água e refrescar-me a língua, pois estou atormentado nestas chamas!' 25-26'Filho,' respondeu-lhe Abruhám, 'lembra-te de que durante a tua vida tiveste tudo quanto querias, enquanto que Úlozor nada teve. Ele está aqui a ser consolado e tu estás em tormentos. Além disso, há um grande abismo que nos separa e que ninguém pode transpor.' 27-28'Ó pai Abruhám, manda-o a casa de meu pai,' retorquiu o rico, 'pois tenho cinco irmãos e é preciso avisá-los para que não venham para este lugar de sofrimentos quando morrerem'. 29Mas Abruhám declarou-lhe: 'Têm as Qaotáv de Mehushúa e dos profetas. Ouçam os seus avisos. 30'Não, pai Abruhám. Se alguém de entre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.' 31'Se eles não ouvem Mehushúa e os profetas, não ouvirão nem mesmo alguém que se tenha levantado de entre os mortos.'"
Nãoi se engane. Esse contato com entes queridos falecidos, nada mais é do que espíritos que pertencem a escuridão e que fingem ser pessoas que já faleceram para promover a idéia de que os mortos, de alguma forma, ainda estão vivos.
O próprio talmid (discípulo) do Mehushkhay, Sha'ul (Paulo), deixou isso claro em 1º Coríntios 10:20: "Digo que o que os pagãos sacrificam, eles não o sacrificam a ULHIM, mas aos demônios; eu não quero que vocês tenham participação com os demônios!".
Kafos - Kefa Alef/1º Pedro 5:8 também nos alerta a esse respeito: "Mantende os vossos sentidos, sede vigilantes! O adversário, o inimigo de vocês, aproxima-se sorrateiramente e, como leão que ruge, procura alguém para devorar".
Ou seja, a prática do espiritismo pode até se iniciar como uma curiosidade ou um passatempo inocente( leitura de horóscopos), mas a conseqüência desse uso não raro é uma tragédia ou até mesmo a morte.
Sendo assim, a melhor forma para buscar a resposta para os problemas não é através do espiritismo, mas sim o fortalecimento da emunáh (fé) ao se associar com os demais irmãos a qual você faz parte. E o outro meio e mais importante, recorrer ao Eterno e a sua Sagrada Escritura. Ele sim tem a solução para todas as nossas angústias e problemas, conforme nos deixa claro Provérbios 18:10: "O Nome YAOHU é uma cidadela (torre forte) à qual corre o justo e nela se fortifica", e também sAMYul – Shemu-l Bet/2º Samu-l 22:29, 31, 33: "Porque Tu, ó Yaohu, és a minha lâmpada; Tu, ó Yaohu, afastas de mim as trevas. O caminho de ULHIM é perfeito, a palavra do Eterno é pura; Ele é o escudo de todos os que Nele confiam. ULHIM é a minha fortaleza e a minha força, e Ele desembaraça perfeitamente o meu caminho".
Tehilim/Salmos 37:39 completa: "A redenção dos justos vem de YAOHU, seu baluarte nos momentos de aflição".
Dessa forma, em qualquer adversidade, angústia ou mesmo se você sentir que a sua emunáh (fé) está um pouco abalada por algum motivo, procure uma palavra amiga ou alguém para ajudá-lo. O Roe ou moreh da sua região também estará a sua disposição para auxiliá-lo, já que a função deste não é somente fazer conhecer as Sagradas Escrituras, mas também apoio e ajuda à congregação quando necessário.
Mas não esqueça, que o melhor meio de ficar afastado do espiritismo é manter um canal aberto com Yaohu ULHIM, através da oração e do contínuo aprendizado da Sua Palavra, vivenciando e aplicando-a no seu dia-a-dia.
Curiosidade:
Já que as Escrituras Sagradas condenam a prática do espiritismo, não posso contratar um mágico para uma comemoração do meu filho?
Resposta: O problema nesse caso é quando se acredita que aquele ato se entende realmente como mágica, ou seja, quando o apresentador passa a idéia de possuir um caráter sobrenatural e conseqüentemente, as crianças acreditando nesse "poder". Se a apresentação for levada dessa maneira, não é permitida, já que se caracterizaria como magia e levando a idolatria.
Se for um espetáculo, onde se deixe claro que toda a apresentação não passa de um truque, seria lícito, já que as crianças estarão cientes de que não existe nenhum "poder" naqueles atos. Tudo não passa de uma simples brincadeira.
Outras referências para reflexão:
2º Crônicas 33:6: "E fez passar seus filhos pelo fogo no vale de Bem-Hinom, e adivinhava, agourava, fazia magia e praticava feitiçarias de ov e ideonitas, fazendo muito de tudo que era mau aos olhos do Eterno, para irá-Lo".
Gálatas 5:19-21: "É evidente o que a velha natureza realiza. Ela se expressa mediante a imoralidade sexual, impureza e indecência, idolatria, prática de espiritismo, inimizades, rixa, ciúme, contenda, ira, divisões, seitas, intriga e inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes a essas. Advirto-os agora como já fiz antes: os que praticam essas coisas não terão parte no mundo vindouro!".
Revelação 21:8: "Mas os covardes, os que não tem fé, os desprezíveis, os assassinos, os sexualmente imorais, os que praticam espiritismo, os adoradores de ídolos e todos os mentirosos - o destino deles é o lago que queima com fogo e enxofre, a segunda morte".
Revelação 22:15: "Do lado de fora estão os que se envolvem com espiritismo, os sexualmente imorais, os adoradores de ídolos e todo aquele que ama e pratica a falsidade".
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